quarta-feira, maio 18, 2011

Dia Nacional de Luta contra o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Hoje é dia 18 de maio, Dia Nacional de Luta contra o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, instituído pela Lei Federal Nº. 9970/00. 
Jesus afirmou, certa vez, que quem escandalizasse um desses pequeninos, “melhor seria que pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e se precipitasse na profundeza do mar” (Mateus 18:6). Afirmou também que quem os recebesse, recebia a Ele próprio. Portanto, lutar pela proteção das crianças é lutar para que o amor de Cristo e sua justiça sejam manifestos a todos e todas, independente da idade ou condição social.
A data foi escolhida porque nesse dia, no ano de 1973, um crime hediodo aconteceu e ficou impune. A história foi conhecida nacionalmente, mas vamos relembrar essa história agora, porque “Esquecer é permitir. Lembrar é combater” . 
Era uma sexta-feira. Lola, uma boliviana, pediu que sua filha Araceli saísse da escola mais cedo e fosse entregar um envelope a um grupo de rapazes. Dentro, havia drogas. A menina não sabia. Quando Araceli chegou ao edifício Apolo, em Vitória, os rapazes já estavam drogados. Ali Araceli foi violentada, os bicos dos peitinhos e a vagina foram lacerados a dentadas. Depois jogaram ácido sobre ela. Seu corpo foi encontrado dias depois, no matagal nos fundos de um hospital, por um garoto que caçava passarinho. Seu rosto ficou desfigurado, corroído pelo ácido, dificultando o reconhecimento. Este crime aconteceu no dia 18 de maio de 1973. Os acusados eram um filho de um rico proprietário de imóveis, hotéis, fazendas, estabelecimentos comerciais e poderoso membro da maçonaria capixaba e e o outro era filho de um exportador de café. A sociedade capixaba da época silenciou. Apesar da ampla cobertura da mídia, o caso ficou impune .
O abuso sexual de crianças e adolescentes tem sido por demais tolerado em nossa sociedade. A violência contra crianças e adolescentes ofende a Deus.
O abuso nunca é desejado, nem bem-vindo. Ele desencadeia um sentimento de impotência na criança, porque não consegue interromper o abuso ou acabar com a dor da alma. A forma repentina do ataque ou a lenta sedução a impedem de interromper o abuso. As ameaças e a vergonha aumentam a sensação de desamparo. A vítima fica num impasse: a única forma de silenciar a dor é deixar de sentir - o que significa uma amputação e renunciar a viver. 
Como o sangue atrai os tubarões, ela atrai os abusadores e se deixa abusar por não se sentir digna de uma relação com um homem realmente amoroso, por medo de se decepcionar ou perder o controle. 
A vítima tende a assumir a culpa e se cala por vergonha. Ela procura esquecer ou reprimir a lembrança que traz tanto sofrimento e assim se proteger.
Segundo a psicológa Isabelle Ludovico, no abuso sexual, a criança é despertada para o sexo precocemente, de maneira deturpada, traumática, ficando com marcas para o resto da vida, podendo desenvolver comportamentos patológicos como aversão a parceiros do mesmo sexo do abusador ou uma sexualidade descontrolada, entre outros. 
A criança ao ser abusada sexualmente é desrespeitada como pessoa humana, tem seus direitos violados, e o pior: na maioria das vezes, dentro de seu próprio lar, por quem tem a obrigação de protegê-la.
A Bíblia diz: Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos. Is 57.15. Deus nos ouve e nos acolhe.
Nós, muitas vezes, tentamos calar as pessoas que sofrem, mas Deus nos ouve. Calar a dor de quem sofreu abuso é cometer outro abuso. Em vez de se omitir, a Igreja é chamada a denunciar todo tipo de abuso, proteger e suprir as vítimas, oferecer cura aos feridos e exortar os agressores.


Um comentário:

Pr. Everton Gianordoli Filho disse...

Pra. Fátima, excelente matéria, em especial em tempo como os que estamos enfrentando, onde vemos a tentativa do prórpio governo abusar pscológicamente de nossos filos com a distribuição dos chamados Kit Gay a crianças e adolescentes. O slogan principal da campanha é: NINGUÉM NASCE HOMOFÓBICO. a HOMOFOBIA SE APRENDE, A SEXUALIDADE NÃO. Através de um mero jogo de palavras, encontraram uma desculpa para divulgação de uma mensagem mentirosa. É certo que a homofobia se aprende, e ninguém tem o direito de desreipeitar quem quer que seja por qualquer motivo, porém a sexualidade não é genética, mas sim construída a partir de referenciais morais e familiares. Familias funcionais são a proposta de Deus para uma vida verdadeiramente feliz.