sábado, outubro 28, 2006

Consciência social

Não são problemas pessoais nem familiares que afligem o profeta Habacuque e o leva à oração. Ele não fala em “minha queixa”, “minha desgraça”, “minha aflição”, “meu fracasso”, “meu gemer”, “meu inimigo”, como a maior parte dos salmos.
Em suas orações, Habacuque está preocupado com os problemas que afligem as nações e a sociedade em geral:
“Por que me fazes ver a injustiça, e contemplar a maldade? A destruição e a violência estão diante de mim; há luta e conflito por todo lado. Por isso a lei se enfraquece e a justiça nunca prevalece” (1.3,4).
“Os ímpios prejudicam os justos, e assim a justiça é pervertida” (1.4).
“Por que ficas calado enquanto os ímpios devoram os que são mais justos que eles?” (1.13). “Tornaste os homens como peixes do mar, como animais, que não são governados por ninguém” (1.14).
Essa modalidade rara de oração agrada a Deus, exercita a fraternidade e o altruísmo e ainda massacra o individualismo e o egoísmo.
Orarei contra os meus pecados e também contra os pecados da sociedade!

Retirado de Refeições Diárias com os Profetas Menores (Editora Ultimato, 2004).

sexta-feira, outubro 27, 2006

O segredo mais bem guardado

Entrevista: DALLAS, Estados Unidos, Novembro 24, 2004

Na quinta-feira, 25 de novembro, celebra-se o Dia Mundial da Luta pela Não-Violência contra a Mulher. Sobre o tema, ALC conversou com Esly Regina Carvalho, psicóloga e psicoterapeuta brasileira, especialista em saúde emocional. Ela trabalhou na área durante mais de 20 anos no Brasil, Bolívia, Equador e Estados Unidos. Escreveu vários livros a respeito. Atualmente, trabalha no ministério "Esperança para o coração", nos Estados Unidos.
Esly Regina Carvalho foi fundadora, em 1998, do ministério Praça do Encontro. Escreveu bibliodramas, psicodramas e obras para psicoterapia de grupo. Estudou na Universidade de Brasília. Ela fala português, espanhol e inglês.

ALC: A sociedade hoje está mais consciente do problema que constitui a violência contra a mulher?
Esly Carvalho: Talvez se possa falar, atualmente, de forma mais aberta sobre o problema, mas, em geral, continua na categoria de "segredos bem guardados". As dificuldades econômicas, os modelos incorporados dentro das famílias, a vergonha e o medo continuam mantendo as mulheres em situação de vítimas da violência intrafamiliar.
ALC: E nas igrejas?
Esly Carvalho: Nas igrejas cristãs a situação mudou muito pouco. Eu continuo falando do tema na América Latina e na mídia hispânica dos Estados Unidos. Continuo encompridando meus "coffee breaks" durante minhas falas, porque é quando as mulheres vêm conversar em particular. Pedem contato, quando me contam sua situação, me pedem ajuda, rompem o meu coração. Mudou muito pouco.
ALC: Por que persiste a violência contra a mulher?
Esly Carvalho: Há vários fatores. Um dos principais é o modelo aprendido em família. Todos aprendemos a ser família na família em que vivemos. Se essa família permite a violência, então o modelo de "amar-se" e querer-se como família inclui a violência.
Lembro de uma jovem mulher que veio me ver e me disse que, antes de completar 24 anos descobriu que nem todos brigavam entre si nas famílias. Ela pensava que a violência era uma parte "normal" de ser família.
Nunca devemos subestimar o poder da forma conhecida de viver. Pode ser aterradora, mas é conhecida. Até nossos ditos o comprovam: "Melhor o diabo conhecido do que o anjo por conhecer"; "o mal conhecido do que o bom por conhecer". É importante entender que para melhorar é preciso buscar a saúde do coração.
Talvez um dos maiores mitos da sociedade é que "há de se manter a família unida". Então, muitas mulheres agüentam de tudo para não se divorciarem, em nome da "unidade familiar". O que esquecem é que estão perpetuando o modelo e ensinando seus filhos que não há problema em maltratar as mulheres, que são tão sem valor que se pode fazer qualquer coisa com elas.
ALC: Onde estão os homens nessa questão?
Esly Carvalho: Vivemos uma crise da masculinidade. Os homens também receberam péssimos modelos de ser homem. O modelo machista, de provar constantemente que alguém é homem, também faz mal a eles. Eles tampouco tiveram bons modelos. Seus pais também eram violentos ou ausentes.
A ira mal resolvida, a dor de não ter tido um papai que lhe confirmasse como homem, a dor de não se sentir amado por seu pai, tudo isso contribui para que os homens sofram e descarreguem o seu sofrimento de formas não apropriadas.
Não entendo por quê as palavras "te amo" parecem estar reservadas para o leito de morte. Não sei quantas pessoas me confessaram que seu pai (ou mãe) só lhes disseram essas palavras quando estavam por morrer. O amor não faz mal! Isso nos ensina a Primeira Carta aos Coríntios, 13. O amor não está sendo bem ensinado em nossas famílias.
ALC: Que se pode fazer diante dessa situação?
Esly Carvalho: Romper o silêncio. Buscar ajuda. Embora não estejas na lista para deixar a situação de violência, faze algo para que um dia isso possa parar.
As igrejas ganhariam muito se pudessem falar mais abertamente sobre esse tema do púlpito (mas sabemos que muitos pastores também são abusadores físicos e que não querem falar de sua própria situação!).
As mulheres precisam saber como romper seus modelos de co-dependência para que possam ajudar a formar uma nova geração de filhos que aprendam a resolver conflitos sem violência. Poderiam formar grupos de apoio e crescimento emocional, grupos para que as mulheres possam crescer em sua auto-estima e acreditar que possam sair disso.
Os homens precisam novos modelos de ser homens. Todos precisam curar seu coração. Sem sanidade não há santidade.
ALC: O que você tem a falar de sua atividade com escritora?
Esly Carvalho: Meu último livro "Saúde emocional e vida cristã" foi finalista no encontro da Associação Brasileira de Editores Cristãos (ABEC), no Rio de Janeiro, na categoria "Vida cristã". Já foram publicadas três edições em português. A versão em espanhol encontra-se nas mãos da Casa Criação.
Também o livro "Família em crise" tem um capítulo sobre a violência doméstica. E em "Asas de saúde" há exercícios para a saúde do coração.

Entrevista extraída do site http://www.alcnoticias.org.

Aperfeiçoamento

Certa vez um artista viu um tronco sendo jogado fora por um jardineiro de uma grande mansão. O artista olhou para o tronco e pensou na obra de arte que poderia realizar com aquele tronco retorcido. Levou o tronco para casa e transformou-o numa escultura, que posteriormente foi vendida ao dono da mansão que o havia jogado fora. Deus é como esse artista que nos “encontra” e nos transforma numa obra de arte e devolvendo-nos ao mundo com o objetivo de que testemunhemos do Seu poder.
Quando uma pessoa toma a decisão de entregar o seu viver sob o comando de Jesus Cristo, muitas mudanças ocorrem. Gostaria de assinalar as seguintes: é feito filho de Deus (Jo 1:12); passa da morte para a vida (Jo 5:24); recebe o Espírito Santo (Jo 14: 17); é feito/a santo/a ou separado/a por Deus e para Deus (Hb 10:10, Rm 1: 7) e torna-se membro do Corpo de Cristo (1 Co 12:27).
O Apóstolo Paulo ao escrever suas cartas refere-se aos/às destinatários/as como a “santos” (I Co 1:2, II Co 1:1, Ef. 1:1, etc), ainda que escrevesse para uma igreja como a de Corinto, considerada por ele como “carnal” (I Co 3:1).
Em Efésios 4:12, Paulo cita alguns ministérios e afirma que, Deus ao conceder dons e ministérios tem um objetivo: aperfeiçoar os santos! Deus concede dons e ministérios aos Seus filhos e filhas para que ministremos uns aos outros, aperfeiçoando-nos e tornando-nos “embaixadores em nome de Cristo” (II Co 5:20).
Deus deseja aperfeiçoar-nos e usar nossas vidas para aperfeiçoarmo-nos uns aos outros, cumprindo assim o mandato de Jesus: “fazendo discípulos de todas as nações”!
No amor do Deus Emanuel,
Pra. Maria de Fátima de O.S.David

quarta-feira, outubro 25, 2006

Plenitude do Espírito

Ser cheio do Espírito Santo não é uma opção, é uma ordem. Não ser cheio do Espírito Santo é uma desobediência a um mandamento divino. Muitos crentes têm o Espírito Santo, mas não estão cheios dele. Uma coisa é ser habitado pelo Espírito, outra é transbordar do Espírito. Uma coisa é ter o Espírito residente, outra é tê-lo presidente. A expressa vontade de Deus para você é uma vida abundante, produzida pela plenitude do Espírito. O apóstolo Paulo, escrevendo sua Carta aos Efésios (5:18) fala desse glorioso tema.
Destacamos algumas lições:
Em primeiro lugar, a plenitude do Espírito tem uma semelhança superficial com a embriaguez. A ordem divina é: “Não vos embriagueis com o vinho no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). Uma pessoa embriagada está sob o poder do álcool. Ela fala e age sob a influência do álcool. Ela perde a inibição e se torna ousada quando está cheia do álcool. Assim, o indivíduo cheio do Espírito também fala e age sob a influência do Espírito. Ele é governado pelo Espírito.
Em segundo lugar, a plenitude do Espírito tem um contraste profundo com a embriaguez. O álcool é um depressivo e não um estimulante. Ele é um ladrão de cérebro e não um tônico para a mente. O álcool induz a uma vida dissoluta. Mas o Espírito traz discernimento, sabedoria, graça e santidade. Se uma pessoa bêbada perde o controle de si mesma, o fruto do Espírito é domínio próprio.
Em terceiro lugar, a plenitude do Espírito Santo é um mandamento e não uma opção. O apóstolo Paulo dá uma ordem expressa: “Enchei-vos...”. É a expressa vontade Deus que você seja cheio do Espírito Santo. Ele não apenas quer que você seja cheio do Espírito, mas ordena você a sê-lo. Paulo condenou a embriaguez e também a ausência da plenitude do Espírito Santo. Não ser cheio do Espírito Santo é um pecado, um ato de desobediência a um mandamento de Deus. Como crentes em Cristo não podemos nos acomodar a uma vida infrutífera. Se não estivermos cheios do Espírito Santo estaremos cheios de nós mesmos ou até mesmo cheios de pecado. Não estar cheio do Espírito é pecar contra ele, é entristecê-lo, é apagá-lo, é desobedecê-lo.
Em quarto lugar, a plenitude do Espírito Santo é a expressa vontade de Deus para todos os crentes. A ordem para ser cheio do Espírito Santo não é dirigida apenas aos líderes da igreja, mas a todos os crentes. Esse privilégio não é apenas para alguns. Não existem classes privilegiadas e especiais na igreja. Todos somos iguais. Todos somos santuários da habitação de Deus. Todos devemos ser cheios do Espírito Santo. A criança pode ser cheia do Espírito. João Batista foi cheio do Espírito Santo desde o ventre materno. Os jovens podem ser cheios do Espírito e se tornarem intrépidos na obra de Deus. Os anciãos podem ser cheios do Espírito e muito frutificar na velhice. Os líderes devem ser cheios do Espírito, espelhando, assim, o caráter de Cristo na sua vida e ministério.
Em quinto lugar, a plenitude do Espírito Santo deve ser uma experiência contínua na vida do crente. O verbo usado pelo apóstolo Paulo está no presente contínuo e isso significa que devemos ser cheios todos os dias. A plenitude de ontem não serve para hoje. Todo dia precisamos buscar um novo enchimento do Espírito. As vitórias de ontem não são suficientes para triunfarmos hoje. O fato de termos sido usados por Deus ontem não nos garante que seremos usados hoje. Precisamos depender de Deus todos os dias, andar com Deus todos os dias e buscar a plenitude do Espírito Santo todos os dias.

Rev. Hernandes Dias Lopes

terça-feira, outubro 24, 2006

Registros inapagáveis

Jacó (ou Israel) teve filhos de suas quatro mulheres (Lia, Raquel, Bila e Zilpa). As duas últimas eram concubinas ou esposas secundárias. O filho mais velho chamava-se Rúben e nasceu de Lia. Pouco depois da morte de Raquel, a família morou por algum tempo num lugar próximo à torre de Éder. Ali, cerca de 1.800 antes de Cristo, Jacó teve um aborrecimento maior do que a recente viuvez. Ele ficou sabendo que o primogênito — o primeiro fruto do seu vigor e o mais orgulhoso e o mais forte de seus doze filhos homens (Gn 49.3) — havia se deitado com Bila, mãe de seus irmãos Dã e Naftali (Gn 35.21-22), embora ele tenha feito tudo às escondidas.
Anos mais tarde, quando Rúben já era casado e pai de quatro filhos (Gn 46.8-9), quando a família toda já tinha 17 anos de residência no Egito (Gn 47.28) e quando Jacó estava com 147 anos, o doloroso adultério de Rúben foi trazido à tona numa reunião de família, na véspera da morte do patriarca. As três esposas ainda vivas, os doze filhos homens, a filha Diná e os netos de Jacó — todos ouviram o discurso acusatório do marido, pai e avô: “[Rúben], você subiu à cama de seu pai, ao meu leito, e o desonrou” (Gn 49.4). A situação foi bastante constrangedora para todos os presentes, especialmente para Rúben (o faltoso), Lia (mãe do faltoso), Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom (irmãos do faltoso) e Bila (a faltosa).
O mais impressionante é que o crime de Rúben saiu do âmbito familiar e foi para o grande público. Cerca de 1.300 anos depois do incidente, Esdras ou outro autor dos livros de Crônicas, escritos logo após a libertação dos exilados da Babilônia, no ano 538 a.C., registra o incesto: “[Rúben] de fato era o filho mais velho [de Israel], mas, por ter desonrado o leito de seu pai, seus direitos de filho mais velho foram dados aos filhos de José” (1 Cr 5.1).
Essa passagem bíblica no meio de muitas genealogias aparentemente desinteressantes, é muito edificante. O texto mostra que não é possível esconder para sempre e com absoluta segurança o que se faz em oculto. Mostra também que um pecado pode ser de fato perdoado por Deus, mas isso não significa que ele sai do currículo e da história do pecador. Moisés foi perdoado, Davi foi perdoado, Pedro foi perdoado. Todavia todo mundo sabe que Moisés matou o egípcio (Êx 2.11-15), que Davi adulterou com Bate-Seba (2 Sm 11.1-5) e que Pedro negou três vezes o Senhor Jesus (Mt 26.69-75).
O pecado confessado é riscado da memória divina e a certeza do perdão deve riscá-lo da memória do pecador. Porém, nem sempre o pecado é riscado da memória coletiva, da memória histórica. Os registros são inapagáveis!

Extraído do site da Revista Ultimato - http://www.ultimato.com.br.

sexta-feira, outubro 20, 2006

Teste sua espiritualidade!

É interessante descobrir que quando a Igreja Cristã do primeiro século estava debatendo se devia ou não receber uma pessoa na comunidade, seus líderes não perguntavam nada sobre credos ou doutrinas. Ao invés disto, perguntavam: Recebeu ele o Espírito?
Seria bom para o indíviduo cristão perguntar a si mesmo: "Poderia eu tornar-me membro da Igreja Primitiva?" Faça os próximos dez testes e descubra como anda a sua espiritualidade.
1. Você sente prazer nas orações?
Ou você apenas pronuncia as suas orações ? Você percebe qualquer senso da presença de Deus em resposta às suas petições?
2. Você sente prazer em fazer o que é direito?
O pecado nunca perde sua força sobre nós enquanto não começamos a odiar o pecado.
3. Está você tornando-se menos crítico das outras pessoas?
Estamos constantemente rodeados por aqueles cujas opiniões diferem das nossas. A vasta maioria deles é tão honesta quanto nós mesmos o somos, e muitos deles oram ansiosamente como nós.
4. A sua conversa é boa?
Você considera os sentimentos das outras pessoas ? Você se ressente quando descobre que magoou um amigo ?
5. Em que nível estão as suas visitas aos amigos?
Tem-se dito que todas as conversas se baseiam em
quatro níveis:
(1) conversamos sobre idéias;
(2) conversamos sobre acontecimentos e
fatos contemporâneos;
(3) conversamos sobre nossos próprios interesses, ou
(4) conversamos sobre a vida das outras pessoas. É obvio que o quarto nível é o mais baixo.
6. Qual é o diâmetro do seu interesse?
Quanto mais longe as pessoas estão de nós, mais difícil se torna para nós manter nosso interesse. A espiritualidade genuína sabe maneiras de saltar a distancia.
7. Pode você perdoar?
Nenhum indivíduo incapaz de perdoar a um vizinho que lhe fez mal encontrará a completa paz de Deus no coração.
8. Você confia em Deus ou se preocupa?
Alguns cristãos precisam de quando em quando lembrar-se que a preocupação é uma forma suave de ateísmo. Crer em Deus é mais que meramente crer que ele existe.
9. A quem se dirige o seu primeiro pensamento?
Está você ansioso porque as pessoas não o reconhecem pelo que você julga ser? Ou está você relativamente indiferente pelas suas próprias honras, porque sua mente está ocupada com os direitos alheios?
10. Você realmente encontra prazer em prestar culto a Deus com outras pessoas ?
Existe pouco valor religioso em simplesmente freqüentar a igreja. Quando, acomodado, finalmente, na casa do Senhor, deixa você todo o pensamento de orgulho honra, prestígio, direitos ou posição? Ou você se senta imaginando o que as outras pessoas estão pensando de você, sobre como os outros fracassaram em manter-se em altos padrões de conduta pessoal, e como você é realmente um "bocado" superior a eles todos?

* Autor do teste: Roy Smith

Pensamento de Wesley

"Eu não estou preocupado que o povo chamado Metodista possa alguma vez cessar de existir, quer na Europa ou América. Mas temo, a fim de que não possamos existir como uma seita morta, tendo a forma de religião, sem o poder. E isto indubitavelmente será o caso, exceto se eles mantiverem a doutrina, o espírito e a disciplina com que eles primeiro se puseram a caminho". João Wesley

quarta-feira, outubro 18, 2006

Renovação da Aliança promovida por Josias

Josias tornou-se rei aos 8 anos de idade (22:1 e 21:24). Ele não havia aprendido como seguir o Livro da Lei, pois durante o reinado de seu avô e de seu pai o costume de consultar a Deus não era observado. De acordo com 2 Reis 21:11, 17 e 21:21-22, Manassés (avô) e Amon (pai) não andaram no caminho do Senhor e fizeram o que era mau perante os olhos do Senhor.
No 18º ano de seu reinado, Josias decidiu fazer uma reforma no Templo de Jerusalém (22:5), quando foi encontrado o Livro da Lei no meio dos escombros (22:8). A expressão “o Livro da Lei” faz referência ao livro de Deuteronômio. Josias tinha 26 anos de idade quando isto aconteceu e, ao tomar conhecimento das palavras contidas no livro, decidiu renovar a aliança com Deus (23:3). Podemos tirar do texto bíblico e da experiência de Josias alguns frutos decorrentes da renovação da aliança:
a) “Tendo o rei ouvido as palavras do Livro da Lei rasgou as suas vestes” (22:11).
- Rasgar as vestes: arrependimento, reconhecimento da distancia que havia entre Josias e a Palavra de Deus é acompanhado de atitudes de arrependimento e quebramento.
- Arrependimento é a evidencia de que o rei queria viver uma nova vida fundamentada nos termos da aliança.
- Toda renovação da aliança com Deus começa com confissão de pecados e arrependimento. Sem essa atitude, será vão dizer que estamos renovando nossa aliança com Deus.

b) “Ide consultai o Senhor por mim... acerca das palavras deste livro” (22:13)
- As orientações do Livro da Lei deixaram de ser cumpridas pelo avô e pai de Josias. Agora o rei, aos 26 anos de idade, consulta a Deus para conhecer a Sua vontade e assumir os comprometimentos da aliança.
- Descobre a veracidade da Palavra de Deus: (Dt 6:1,7 e 20-25).
- Renovar a aliança é redescobrir a Palavra do Senhor. É dar prioridade a ela, buscando o crescimento que temos quando conhecemos a Palavra do Senhor.

c) “O rei se pôs de pé junto à coluna e fez aliança ante o Senhor...” (23:3)
- Josias convocou todo o povo, do menor até o maior, e leu o Livro da Lei para todos (23:1-2). Como fruto da leitura, Josias assumiu compromisso de seguir, guardar e cumprir os mandamentos, os estatutos e as palavras contidas no Livro da Aliança (23:3).
- A renovação de votos significou compromissos assumidos com os termos da Aliança.
- A renovação da aliança gera compromisso missionário, desejo de se comprometer com Deus e de que outros venham a se comprometer através do testemunho pessoal.

d) “... que tirassem do templo do Senhor todos os utensílios dedicados a Baal...” (23:4)
- Josias realizou a purificação do Templo, destruindo os deuses estranhos, os objetos consagrados como ídolos (23:4, 12) e fechando as casas da prostituição cultual (23:7)
- Restabeleceu o culto, destruindo os ídolos e imagens espalhados pelas cidades e aldeias e destituindo os sacerdotes impuros (23:5).
- O povo que estava presente em Jerusalém e que acompanhou a leitura do Livro da Lei, quando o rei renovou os compromissos com Deus, “anuiu a esta aliança” (23:3).
- Arrepender-se sem decidir por uma mudança de mente e atitude não produz fruto. É necessário produzir frutos dignos de arrependimento. Renunciar aos ídolos, buscando uma vida de santidade pessoal, sem a qual ninguém verá o Senhor.

e) “Celebrai a Páscoa do Senhor...” (23:21)
- Páscoa: recordação do livramento que Deus operou no meio do Seu povo, tirando-o da escravidão do Egito e levando-o à Terra Prometida, para louvar e servir ao Senhor em liberdade.
- Relembrar o livramento é um ato de louvor e reconhecimento do Poder de Deus e do Seu Senhorio.
- Josias celebrou a Páscoa logo após a renovação da aliança. A Páscoa era estatuto em Israel, assim como para nós é a Ceia do Senhor.
- A renovação da aliança gera compromisso com o culto a Deus, o qual expressamos diariamente através de nossa adoração individual e na vida da igreja.

Que a mesma renovação da aliança que aconteceu no tempo de Josias, possa acontecer conosco, nos fazendo aproximar mais do Senhor e de sua vontade!

Pastora Fátima (parte do estudo ministrado no Retiro de Louvor e Adoração)

terça-feira, outubro 17, 2006

Por que renovar a nossa aliança com Deus?

Aliança significa “ato ou efeito de aliar, de promover pacto, de unir, combinar, harmonizar, de ligar”. A Bíblia relata os diversos momentos onde Deus convidou seu povo a fazer uma aliança com Ele. Nesses textos Deus está sempre convidando seu povo a voltar-se para Ele, humilhar-se perante sua presença e servi-Lo com alegria.
O convite para renovar a aliança é baseado na graça de Deus. Sem ela não seria possível a renovação da nossa aliança com o Pai. No contexto bíblico, a palavra "graça" está relacionado com o favor imerecido de Deus a favor da humanidade (Rm 5.21 e 6.14).
Originalmente significa a benevolência do superior para com o inferior. "É uma qualidade do superior que "olha benevolamente, que se inclina favoravelmente”. Designa uma atitude da pessoa, favorável, aberta, que quer bem e que nutre simpatia para com a outra. " Quando se diz que "achou graça a seus olhos" - não é boa nem benevolente porque o outro o foi, mas porque assim é por atitude.
É ação que sai de dentro, é modo de ser, não é re-ação face à bondade dos outros.
A graça está por trás de todo o trabalho de Deus. É a Graça Divina que atuou na criação e providência. É pela graça que possuímos a consciência que nos capacita para distinguir o bem e o mal. Os seres humanos que rejeitam a vontade Deus estão afastados da vontade divina e deles próprios. A graça de Deus dá capacidade de responder à salvação oferecida através de Jesus Cristo.
Lutero definiu graça como “a benevolência ou o favor de Deus que ele tem em si mesmo em relação a nós, o que o leva a derramar em nós a Cristo, o Espírito com suas dádivas” (Rom 5:15). ação de Deus perfeita e própria daquele que domina sobre todo o Universo.
Falar do amor de Deus é falar da graça; falar da graça é falar em termos relacionais, da relação amorosa de Deus com a humanidade. Graça é uma iniciativa de Deus para renovar o mundo. Por isso, não é possível falar em renovação da aliança com Deus sem que compreendamos que isso só pode ser possível pela graça de Deus, que nos alcançou.

Pastora Fátima
(Palestra ministrada no Retiro de Louvor e Adoração - dia 14/10/2006 - manhã)

segunda-feira, outubro 16, 2006

Mover de Deus!


Esse final de semana estivemos no retiro de adoração e louvor, cujo tema foi "Renovando a Aliança com o Pai". No sábado, eu (Pastora Fátima) estive ministrando sobre porque devemos renovar a nossa aliança com Deus e os seus frutos. A ministração foi baseada na renovação da aliança promovida em Israel por Josias (I Re 22, 23). Não é possível falar em renovação de aliança, sem confissão de pecados e arrependimento, a partir dessa idéia trabalhamos a necessidade de abandonar as obras da carne, conforme Gl 5: 21,22. À tarde, o Pr. Jair Firme, da Igreja Monte Sião esteve ministrando sobre consciencia profética do/a ministro/a de louvor, baseado na história de Nadade e Abiu, que levaram fogo estranho diante de Deus (Lv 10.1-2 e Is 55.3). No culto à noite, o missionário David, pregou sobre a diferença de ter a presença do Espirito Santo na vida da igreja, baseado em At 2.42-46. No domingo, tivemos a conclusão da ministração sobre confissão e arrependimento, com a participação dos grupos fazendo a conclusão. Logo após a Pra. Rose Guedes, ministrou sobre os seis passos daquele/a que renova sua aliança com Deus, baseado na história de Jacó, no vale de Jaboque (Gn 32 e 33). Terminamos selando nossa aliança com a ministração da Ceia do Senhor. Foi tremendo!
Vimos Deus agir de uma maneira maravilhosa! É indescritível o que aconteceu ali! Deus nos falou de várias maneiras, usou cada ministração, trazendo uma unção nova sobre nós. Como disse o missionário David, a unção não é nova para Deus, mas para nós, que tivemos uma unção diferente do que já tinhamos visto e sentido. Saímos renovados e com a convicção de que o melhor de tudo é que Deus está conosco!
Durante a semana estaremos postando as fotos no flog: www.flogao.com.br/metodistaguarapari.
Deus os abençõe nesse dia!

Pastora Fátima

sábado, outubro 14, 2006

Povo calado, povo dominado!

Certa vez um trabalhador rural, chamado Amós, saiu de sua roça, um lugar chamado Tecoa e foi até Samaria, que era capital de seu país e começou a andar pelas ruas da cidade. À medida que percorria a cidade, percebeu a pobreza e miséria, viu a indiferença dos mais ricos. Andou um pouco mais e viu os comerciantes que procediam desonestamente, onerando os preços e roubando na balança. Viu também os juizes aceitando suborno, favorecendo os ricos e o governo festejando com o melhor do vinho, mas sem se condoer com a fome do seu povo. Também viu mulheres alcoólatras, pai e filho mantendo relações sexuais com uma mesma mulher e grandes celebrações religiosas. E ele ergueu sua voz e começou a mostrar ao povo o que estava acontecendo e que esta não era à vontade de Deus: “Poderão correr cavalos na rocha? E lavrá-la com bois? No entanto, haveis tornado o juízo em veneno e o fruto da justiça, em alosna”. Em pouco tempo, Amós foi advertido e acusado de conspirador, possivelmente após ter cumprido sua missão tenha voltado para sua roça. Esta história está na Bíblia, no livro que levou o nome deste homem do campo, Amós.
O que Amós viu não é muito diferente do que temos visto em nossa sociedade. Mas o que chama atenção na história de Amós, é que ele era uma pessoa simples, um homem do campo, que não se acomodou, não se calou. É comum a referência ao povo brasileiro como um “povo sem memória” ou “acomodado”. É verdade também que a desigualdade social traz apatia. Mas é hora do povo brasileiro se levantar. Quando a maioria silencia, uma minoria toma decisões e fala em nome da maioria silenciosa.
Amós anunciou a vontade de Deus. Como na época do profeta, Deus não compartilha com a injustiça, com a omissão de nossos governantes que provocam pobreza e miséria, com a impunidade, com os mensalões e tantos outros escândalos que temos visto nos últimos meses. Está chegando mais uma vez a hora de votar. É preciso pensar bem e clamar ao Senhor! A Palavra de Deus para nós hoje é: “Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e, assim, o Senhor, o Deus dos Exércitos, estará convosco, como dizeis” (Amós 5.14).
Pastora Fátima

quinta-feira, outubro 12, 2006

Rede de Proteção

Uma rede de proteção à criança precisa ser formada por todos os segmentos da sociedade. A própria lei nos lembra disso:“É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”(Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Nº 8.069, Art. 3º).
Cada pedaço de corda que forma essa rede precisa desempenhar sua função. Quando um segmento não funciona, é como se uma das cordas apodrecesse, enfraquecendo a rede. Assim, os elementos que formam uma rede de proteção à criança são:
Igreja:É a referência de comunidade e comunhão. Quando ativa, a igreja nos mantém no foco correto quanto ao cuidado da criança e do adolescente em risco. Na igreja, a criança pode descobrir a vida planejada por Deus para ela.
Família:É a célula principal da sociedade. É na família que a criança é moldada, pois apresenta os primeiros modelos de vida. Cabe à família cuidar da criança, protegendo-a e lutando pela sua dignidade.
Escola:Tem o papel essencial de ensinar a criança sobre o mundo e estimulá-la a desenvolver suas capacidades.
Estado:Tem a obrigação de proporcionar um ambiente em que os direitos e deveres da criança sejam respeitados.
Organizações da sociedade civil:Braço direito das autoridades. Ajudam a levar e cobrar dignidade às crianças discriminadas pela sociedade e desprovidas de seus direitos e deveres.
Amigos e vizinhança:Compõem a rede de proteção pessoal da criança. São fundamentais para o seu crescimento sadio.

Extraído do site da Revista Mãos Dadas: www.maosdadas.net

Solidariedade de Criança

O escritor e conferencista Leo Buscaglia contou uma vez sobre uma situação que teve de julgar. O objetivo do teste era encontrar a criança mais carinhosa. A vencedora foi uma criança de quatro anos que tinha como vizinho um senhor mais velho que, naqueles dias, havia perdido a esposa. Vendo o senhor chorar, o garotinho foi até o quintal do vizinho e sentou-se no seu colo. Quando a mãe da criança perguntou o que ele tinha dito ao vizinho, o garotinho respondeu: “Nada, eu só o ajudei a chorar.”

Essa é a introdução do artigo "O que a Bíblia diz sobre o sofrimento das crianças", se você quiser o artigo, clique em www.maosdadas.net.

quarta-feira, outubro 11, 2006

Espinho na Carne

Reflita sobre o texto abaixo. É uma breve meditação que preguei no ofício funebre da d. Djanira, mãe da nossa irmã Solange, no dia 10/10/2006:

E, para que me não exaltasse demais pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne... acerca do qual três vezes roguei ao Senhor que o afastasse de mim; e ele me disse: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. (2 Co 12.7-10).
Como dói quando um espinho penetra em nossa pele! Fazemos de tudo para retirá-lo, porque sentimos o incomodo, por menor que seja, não é possível não perceber a sua presença. O espinho em nossa pele lembra da nossa fragilidade.
Paulo talvez estivesse passando por uma grave enfermidade que não permitia que se empolgasse demais com toda a experiência que estava tendo com Deus.
Como aquela enfermidade para Paulo, a perda de um ente querido é como um espinho na carne. Queremos esquecer, mas não conseguimos. Queremos não pensar, não imaginar, não lembrar, mas não é possível. Dói, lateja. Mesmo depois de retirado, a marca do espinho permanece. Da mesma maneira acontece conosco quando perdemos alguém que amamos, fica o vazio na vida da família.
Paulo era um homem de oração. Ele orou pedindo que Deus retirasse aquele espinho, encravado em sua carne. Não queria conviver com a dor, como qualquer ser humano! A Bíblia diz que Deus fazia milagres extraordinários pelas mãos de Paulo: “a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam de suas vitimas, e os espíritos malignos se retiravam” At 19.12. Mas a esta oração, Deus não respondeu favoravelmente! A resposta de Deus para Paulo foi: “a minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza”.
A lógica de Deus é diferente da lógica humana, porque seus pensamentos são mais altos que os nossos pensamentos, quando estamos fracos, vulneráveis, frágeis, é que estamos sendo aperfeiçoados por Deus.
Na morte, o cristão encontra a ressurreição. Na perda, na dor, encontramos o consolo do Espírito Santo, que consola os abatidos. Na morte do outro, eu vejo minha fragilidade e vendo minha fragilidade, encontro forças em Deus, e assim sou purificado da soberba, do orgulho, da prepotência, me tornando mais dependente de Deus!
Um bom dia! Que Deus lhe abençõe!
Pastora Fátima

terça-feira, outubro 10, 2006

Chamados para sermos luz

Durante a primeira fase do 18º Concílio Geral, em julho, um rapaz de cabelos compridos e negros subiu ao palanque do auditório do Sesc-Aracruz (Espírito Santo) e disse as seguintes palavras: “As pessoas precisam conversar. A gente faz isso na aldeia também. Discutimos projetos e falamos de espiritualidade. Porque é importante o respeito e o carinho”. Quem deu esse significativo testemunho tem um nome que revela intenso brilho: “Werá Djekupé”, que poderia ser traduzido, literalmente, para “guardião do relâmpago”. O povo metodista reunido em Aracruz e chamado por Jesus para ser “luz do mundo” ouviu esse depoimento em respeitoso silêncio.
Werá Djekupé, que também se chama Marcelo Oliveira da Silva, é o cacique de três aldeias guarani: Três Palmeiras, Boa Esperança e Piraquê-Açu, localizadas na região de Aracruz. Ele conta que os guaranis sobrevivem da agricultura de subsistência e da venda de artesanato para turistas que visitam as praias do Espírito Santo no verão. “Apesar de sermos um povo simples, acreditamos que Nhanderu, nosso Pai Criador, está em nossa aldeia, pois Deus procura aqueles que mais precisam dele”, testemunha o cacique Marcelo.
Certamente os guaranis têm sentido, em sua história, a necessidade da proteção divina e da solidariedade humana. Eles vivem em situação de permanente conflito com a empresa Aracruz Celulose por demarcação e posse de terras. E a Igreja Metodista, por intermédio da Pastoral de Convivência Guarani, da 4ª Região, sob coordenação do pastor Adahyr Cruz, tem procurado dar apoio às necessidades materiais e espirituais das comunidades indígenas da região.
No dia 15 de setembro, o pastor Adahyr esteve na Assembléia Legislativa de Vitória em manifestação de repúdio a uma campanha que a Aracruz tem feito, junto à opinião pública, contra as comunidades indígenas do Espírito Santo. Uma cartilha distribuída pela empresa na região (e também por meio do site www.aracruz.com.br) afirma que a área em disputa nunca foi habitada por índios. E o texto refere-se a eles como “supostos índios”. Na Assembléia Legislativa, o pastor Adahyr leu uma carta na qual denuncia a Aracruz por “campanha difamatória” e racismo (o texto está disponível no arquivo do site http://www.metodista.org.br/). Após a manifestação, o Ministério Público Federal do Espírito Santo resolveu instaurar um inquérito civil público para averiguar as informações divulgadas pela Aracruz.“A posição da Aracruz Celulose demonstra não só desrespeito com a história, com a memória e a cultura do povo capixaba, mas também que esta empresa não tem escrúpulos quando se trata de garantir seus interesses, às custas da miséria e da destruição dos povos tradicionais e do meio ambiente. Campanhas milionárias financiadas por esta empresa vêm escamoteando os impactos gerados pela monocultura de eucalipto no Brasil e expondo os povos tradicionais desta terra a humilhações inomináveis”, afirma o manifesto divulgado pelo pastor Adahyr, representando uma igreja que busca responder ao chamado de Jesus para ser um brilho intenso – “werá” – resplandecendo no mundo.
Notícia extraída do site www.metodista.org.br

Altar de Pedra

Após dormir sobre a pedra, mas encontrar a escada como aproximação dos céus até ele, Jacó precisa dar uma resposta a Deus.
Não se pode continuar infinitamente olhando para sua dor, ou visualizando a escada sem passar por ela, era necessário tomar uma resolução. E Jacó decidiu: tomou a pedra que antes era seu travesseiro e transformou-a em altar ao Senhor.
Todo erro, toda ação irrefletida do ser humano gera tristeza. E esta pode ser motivo para morte ou para vida, a Palavra de Deus afirma: “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, o qual não traz pesar; mas a tristeza do mundo opera a morte.” II Co 7:10.
Após refletir sobre nossos atos, nos damos conta de quem somos e então Deus nos mostra a escada para ver como precisamos dele. Quando sentimos sua presença, é um prenúncio do que viveremos com Ele. E então é possível tomar a melhor e mais acertada decisão: erguer um altar ao Senhor.
A pedra agora não é mais travesseiro, não é mais escada, mas transforma-se em altar, cheio do azeite da unção.
Altar é lugar de renúncia, de pacto, de reconhecimento de que Deus é Deus, e não existe outro. Ele é a Rocha, a nossa Salvação.
A experiência autêntica, verdadeira, nos leva a erguer um altar ao Senhor. A vida estará a serviço do testemunho, da missão, do serviço a Deus e ao próximo. Erguer o altar é sair da contemplação e caminhar para a Missão de Deus em nossa vida.
Que nesse dia você possa tomar a decisão de erguer seu altar ao Senhor! Que Deus lhe abençõe!
Pastora Fátima

segunda-feira, outubro 09, 2006

A Escada de Pedra

Mas Jacó conseguiu dormir! E então teve uma visão: sonhou com uma escada. No sonho de Jacó, a escada saia do solo indo em direção do céu e os anjos subiam e desciam nela.
Ali na Jacó reconheceu que era a porta dos Céus!
Jacó sofrendo com sua solidão e dor provocada pelos seus erros, encontra-se frente a frente com a presença de Deus.
A escada nos lembra que alguém pode subir, mas alguém também pode descer.
Deus está mais próximo de Jacó do que ele pensava. Da mesma forma, Deus está presente nas situações mais intranqüilas da nossa vida, em meio a nossa aflição, os céus de Deus estão abertos. Mostrando novas possibilidades. Não estão fechados, estão abertos!
Existe um caminho ao céu: a escada que conduz ao Pai: é Jesus Cristo. Ele se humilhou, baixou a terra para nos fazer subir em direção ao Pai. Ele desceu aos seres humanos, para que os seres humanos, subissem a Deus. Aproximassem de Deus.
A escada, feita de pedra, era o elo de ligação entre Jacó e o Senhor.
É Deus que providencia o recurso, o meio para a aproximação do ser humano. Deus não nos deixa sem saída. Ao contrário, quando teimamos a olhar pro solo, Deus nos mostra um caminho novo, a porta dos céus, que propicia a restauração do nosso ser.
Continuamos amanhã. Que você tenha um dia abençoado na presença do Pai!
Pastora Fátima

domingo, outubro 08, 2006

O Travesseiro de Pedra

Você conhece um homem cuja vida esteve nas mãos das pedras?
A Bíblia conta a história desse homem. Seu nome era Jacó (Genesis 28:10-18). Um homem perturbado, que deixara para trás o pai quase a morte, a quem havia enganado. Deixou uma mãe, cheia de conflitos, que o havia ajudado a enganar o pai. Deixou também um irmão que estava furioso com a sua ação de ter a todo custo a benção da primogenitura.
Em sua fuga, encontrou um lugar aonde dormiu e sonhou.
Teve uma visão com uma escada com certeza era feita de pedras, seu travesseiro foi uma pedra e a coluna ou altar que erigiu a Deus era de pedra.
A pedra foi instrumento de Deus na vida de Jacó. E pode ser instrumento para nossas vidas! Veja como:
O travesseiro de pedra
Alguns gostam de travesseiros baixos outros gostam de travesseiros altos. Algumas pessoas até dormem sem ele. Mas a maioria de nós, prefere um bom e confortável travesseiro, macio, onde podemos afundar o rosto e dormir tranqüilamente.
O travesseiro de Jacó não era nada macio, nem confortável. Mas Jacó precisava descansar, o sol já havia se posto, então tomou uma das pedras e a fez de travesseiro (v. 11).
Dormir sobre aquela pedra era o que restava a Jacó. A pedra representava naquele momento a dureza da vida, o seu amargor. Como conseqüência dos atos injustos de Jacó.
Diversas vezes, Deus permite que as conseqüências dos nossos atos estejam bem diante de nós. São instrumentos de Deus para nos ensinar o arrependimento.
As “pedras” que encontramos em nossos caminhos podem nos mostrar a realidade do pecado e suas terríveis conseqüências. Em muitos momentos abandonamos a vontade de Deus e seguimos o caminho mais fácil. E então Deus precisa colocar nossas cabeças sobre uma pedra, para que ali possamos refletir e assim prepara o caminho para uma total restauração em nossas vidas.

Continua amanhã', ok?

Pastora Fátima

sábado, outubro 07, 2006

Hoje!!!

Hoje à noite, estaremos celebrando a Vigília Nacional pelas Crianças. Falamos em mudanças na sociedade, fim da violência e da insegurança, mas enquanto nossas crianças estiverem delegadas no último plano seja nos programas de governo ou nos planejamentos de nossas igrejas, toda a estrutura social permanecerá comprometida.
É na infância que semeamos o futuro de um país. Invista seu tempo em oração em favor de nossas crianças e apoie iniciativas que possam minimizar o sofrimento de nossas crianças.

É nos teus olhos criança que me denuncio,
se te respeito sem receio de errar,
se tenho zelo e apresso teu andar,
se há afeto no meu jeito de falar,
se é concreto meu carinho, meu amar.
É nos teus olhos criança que me enxergo mais de perto
e me perturbo da minha impotência que me renova da quase falência que penso estar.
É por teus olhos criança que quero ir adiante, correndo,
gritando com um berrante sem esquecer que é diamante perfeito e belo o sorriso do teu olhar e por isso não posso abandonar o meu porto
nem esmorecer quando a luz parecer apagar.
Não, eu não posso desistir da corrida
e mesmo quando ferida ou cansada eu não posso parar.
Sei que é longa a caminhada
e que no caminho pedregoso os meus pés se machucam.
Mas também sei que mesmo ferida é possivel continuar
pois vale a pena esperar o dia em que verei nos teus olhos a esperança desabrochar.

(Poesia extraída do site www.maosdadas.net)

SURPRESAS - Parte III

A terceira surpresa que encontramos nas tribulações é que recebemos a marca de Cristo, nos conformando com Ele em seu sofrimento.
Paulo escreve num ambiente onde estava sendo traído pelo seus próprios irmão, sentia-se cortado e ferido. Escrevia a uma igreja que apesar de ter sido fundada por ele, não mais o queria. Descobre então que as marcas de Jesus estavam imprensas em sua vida para sempre: tanto da sua vida quanto de sua agonia.
Quando sofremos, não como ladrão ou malfeitor, mas por que estamos expostos a perigos e dores, podemos descobrir a agonia de Cristo, nos tornamos assim solidários ao seu sofrimento, mas também experimentamos que o Jesus Vivo está presente, sua vida está em nós.
Aquele/a que entrega sua vida a cristo está marcado eternamente pela sua vida, mas também por sua agonia.
Quando você estiver em dias de tribulações, lembre-se de que estas surpresas podem lhe dar uma confiança muito maior em Deus, do que em tempo de alegria e festa!

sexta-feira, outubro 06, 2006

SUPRESAS! Parte 2

A segunda surpresa que encontramos nas tribulações é a:
Capacidade que Deus coloca em nós para lutarmos.
Paulo usa palavras, nos versos 8 a 9, retiradas do vocabulário das lutas atléticas. Um atleta romano não abandonava a luta, ou lutava para ganhar ou morreria. No filme Gladiador, vemos isto.
São palavras fortes! De um lado temos: atribulados por todos os lados, colocados em extrema dificuldades, perseguidos, prostrados em terra. Mas do outro, tem a certeza de não somos esmagados, nem vencidos pelos impasses, nem abandonado e muito menos aniquilados. Paulo deve ter assistido as lutas romanas e ao escrever traz a memória o estado em que os lutadores saiam do estádio, resistindo até o fim.
Deus nos dá condições de lutarmos, não com as armas do pecado ou da maldade. Mas o seu Espírito nos dá discernimento para lutarmos e não sermos esmagados ou aniquilados, não nos deixa sentir abandonados e nem vencidos pelo impasse.
Esta é uma surpresa que só podemos sentir quando tudo passou e percebemos que estamos vivos, a vida nos foi restituída e, então, que podemos celebrar ao Senhor, que não nos deixa só!

quinta-feira, outubro 05, 2006

SURPRESAS!!!

Na semana passada, fomos surpreendidos com a queda do avião da Gol. Centenas de famílias desesperadas, em busca de notícias, dor e luto. Isso nos faz pensar em quantas surpresas a vida nos reserva. Algumas são boas, outras são más. Mas, pode haver algo nas tribulações que nos surpreenda, além do fato que nos trouxe a aflição? Paulo, o apóstolo, achava que sim. Por isso, ao escrever aos coríntios revela três surpresas que encontramos no sofrimento:
Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não da nossa parte. Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados;perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossos corpos; 2 Co 4.7-10
A primeira surpresa que encontramos é que a força de Deus contrasta com a fraqueza humana :
O tema da força de Deus em contraposição a fraqueza humana é encontrado muitas vezes nos escritos do apostolo Paulo. Um dos textos mais conhecidos sobre a o poder de Deus em contraste com nossa força está em Fp 4:13: “Tudo posso naquele que me fortalece”. Paulo relembra o relato da criação, somos pó (poeira, terra, argila, barro), afirma que somos como vasos de argila, que podem ser quebrados facilmente e deixar transparecer o que está dentro de nós. Relembra quem somos, de onde viemos e quem é Deus. Ao falar do poder de Deus usa a palavra excelência (que somente aparece três vezes no NT), que significa superioridade, suficiente, preeminência.
Por que podemos considerar esta uma das surpresas da tribulação? Será que não nos parece tão claro que Deus é superior a nós? Infelizmente, muitas vezes Deus precisa nos lembrar que Ele sabe mais do que nós, que pode mais do que qualquer governo, metereologista ou analista econômico.
O barro quebra-se com facilidade, ao quebrar deixa a mostra o que tem dentro. O que temos dentro de nós? A vida de Cristo está presente? Quando o sofrimento nos quebra o bom perfume de Cristo transparece? Ou aparece o mau cheiro da raiva, do ódio, da vingança, da injustiça, do mal?
Você pode pensar sobre isso no dia de hoje? Amanhã, continuaremos com a segunda surpresa que encontramos nas tribulações. Até lá e fiquem na paz do Senhor!

terça-feira, outubro 03, 2006

Chamado de Deus

A vocação, entendida como chamado de Deus, tem dois momentos. O chamado é identificado pessoalmente e é confirmado pela comunidade de fé... Esse chamado necessita de um carisma pastoral. O carisma qualifica os dons da pessoa como enraizados na graça de Deus e caracterizados pela graça de Deus. A formação teológico-pastoral aprofunda conhecimentos, ensina prática e cria compreensões além do horizonte inicial da pessoa vocacionada. Ela ajuda a desenvolver o carisma, mas não o substitui. O carisma faz do conhecimento e da compreensão um meio de graça exercido pelo amor.
A ordenação é a autorização eclesiástica para desempenhar a vocação. Ela sinaliza que a igreja reconhece a vocação pastoral, o carisma pastoral e a formação teológico-pastoral como suficientes para exercer o ministério pastoral.
Extraído: Vocação Pastoral em Debate - Organizador: Helmut Renders, p. 6, EDITEO
A foto foi tirada na Igreja Metodista em S. Conrado, no Culto de Comissionamento dos Missionários David, Fátima e Stuart, dia 30 de setembro.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Colunas Quebradas

Essa foto é da mesa do altar nesse final de semana.
Essa ornamentação me fez pensar sobre a graça de Deus.
As folhagens estão saindo de um vaso que foi reaproveitado de uma coluna quebrada. A coluna quebrada transformou-se em uma peça útil e bonita.
É desta forma que Deus faz conosco. O que éramos quando encontramos o Senhor? Estavamos sem vida, perdidos, confusos, outros estavam desesperados e aflitos, presos no pecado e destituidos da glória de Deus. Eramos "colunas quebradas". Mas Deus nos achou e nos restaurou nossas vidas! Nos transformou e nos faz vaso úteis para espalhar a beleza do Seu amor.
Grande é o Senhor e sua graça não tem fim!
E por falar nisso: parabéns as irmãs Dores, Alessandra e Argentina. Vocês são dez!!!