quinta-feira, dezembro 21, 2006

Jesus, a luz do mundo!


Era noite, um anjo do Senhor desceu até aos pastores e Lucas conta que a glória do Senhor brilhou ao redor deles (Lucas 2.8-20). A glória de Deus brilhando, relembra o que o profeta Isaías, 400 anos antes do nascimento de Cristo, declarou: “o povo que andava em trevas viu grande luz”. O brilho da estrela que orientou os magos e o brilho da glória do Senhor ao redor dos pastores, são imagens (símbolos) da luz de Jesus vinda ao mundo.
O evangelista João afirma que Jesus era a luz que vinda ao mundo ilumina a todo o homem (Jo 1.9). Também, destaca em seu livro, a afirmação de Jesus: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8:12).
A luz de Jesus resplandeceu nas trevas e as trevas não prevaleceram contra ela. No momento da crucificação a luz de Jesus parecia ter-se apagado, assim como o sol vai embora no final da noite, mas na ressurreição, assim como nasce o sol brilhante e forte, assim raiou a luz de Cristo.
A luz de Jesus chegou trazendo vida a toda a humanidade. Iluminando os cantos escuros da vida humana, trazendo esperança, abrindo os olhos dos cegos, rompendo toda forma de escravidão, inaugurando um novo tempo de justiça, paz e fidelidade. Por isso, é necessário Jesus iluminar nossa vida, tirando de nós todos os cantos obscuros, sombrios, que nos fazem fechar em relação a Deus e ao próximo!
Natal é o tempo de continuar a repartir a esperança, é tempo de ouvir a voz de Deus e caminhar na Sua luz!
Que nesse tempo você e sua família sejam cheios da alegria do Senhor!
Pastora Maria de Fátima de O. S. David

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Quem é Jesus? Parte III

Depois de alguns dias sem postar, terminamos hoje o artigo "Quem é Jesus?".

No principio havia trevas, vazio, escuridão. Disse Deus haja luz e houve luz.
Jesus falando acerca de si mesmo afirmou: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue de modo algum andará em trevas, mas terá a luz da vida” Jo 8.12.
Nós também usamos de maneira figurada a palavra 'luz" quando queremos dizer que alguém esclareceu algo ou tornou algo compreensível. Jesus é a luz da vida porque torna compreensível a existência humana. Ele também nos esclareceu acerca do amor do Pai. Jesus torna claro, esclarece o propósito de nossa existência. Ao tornar-se homem, Jesus nos esclareceu, nos mostrou o que é ser "humano". Por isso, Ele é a luz que vinda ao mundo ilumina a todo homem.
Mas também temos uma advertência para todos aqueles que dizem estar na luz:
“mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado” I Jo 1.7. Dizer que estamos na luz, que fomos esclarecidos e iluminados por Cristo e não termos evidências da luz em nossos relacionamentos, nos faz pessoas mentirosas. Nesse sentido você está na luz?
Que Deus nos abençõe e nos dê um dia maravilhoso em sua presença!

Pastora Fátima

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Quem é Jesus? - II Parte

Jesus é o Verbo! João era um judeu que possivelmente vivia em um ambiente grego.
A expressão grega traduzida para nós como Verbo é logos (em grego λόγος, palavra), significava inicialmente a palavra escrita ou falada. Mas a partir de filósofos gregos como Heráclito passou a ter um significado mais amplo. Logos passa a ser um conceito filosófico traduzido como razão, tanto como a capacidade de racionalização individual ou como um princípio cósmico de ordem e beleza.
João usa um termo de sua época para designar a participação ativa de Jesus na criação de Deus.
Jesus como o responsável pela articulação intelectual da criação. Pois a Criação deve ser entendida também como projeto, design das formas da realidade, feito por Deus através Jesus.
Jesus certa vez afirmou: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. Jo 5.17.
Como na criação, Jesus continua trabalhando ainda hoje. Em Gn 1.1, diz que Deus criou céus e terra, o verbo hebraico para criar é bara, significa criar do nada. "Do nada", significa "do que não existe", como Paulo afirmou “o Deus que vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem” Rm 4.17.
Jesus cria fé aonde existe descrença, amor onde existe ódio, paz em meio ao conflito.
Ele é capaz de livrar até mesmo à aquele que acredita que não precisa de livramento!

Continua...

Pastora Fátima

domingo, dezembro 03, 2006

Quem é Jesus? I Parte

Algum tempo atrás uma charge sobre Maomé, colocou o mundo mulçumano em pé de guerra com a Europa. Fazer piada sobre religião no Ocidente não é crime. É constrangedor, mas não é crime. Tenho ouvido algumas piadas acerca de Jesus, algumas são indecentes. Também temos visto teorias acerca de uma trama da igreja cristã para esconder descendentes de Jesus com Maria Madalena. O livro Código da Vinci aborda essa tese. Além da mídia, a própria teologia contemporânea (não são todas, é claro!), relativizam o papel de Jesus no mundo plural que vivemos. Afirmam ser Jesus, não mais a verdade, mas uma verdade, assim como Maomé, Buda, etc. Mas quem é o Jesus que a Bíblia revela?
O apóstolo João, em seu evangelho afirma: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens" (Jo 1.1-4). Esse texto nos conta três características de Jesus, as quais revelam sua divindade. A primeira delas é que Jesus é eterno!
João afirma que Ele estava no principio. A expressão “no princípio” nos remete a Gn 1.1, nos fala acerca da eternidade de Deus. A palavra eterno significa literalmente “longo tempo”. A eternidade não faz parte da linguagem cientifica. A ciência trabalha com métodos e aferições, o termo eternidade é abstrato demais para ser averiguado, na verdade significa um tempo sem fim.
No AT falar em Eterno estava-se falando de Deus. A eternidade é um tempo que nossa mente limitada não consegue conceber até ser participante dela.
Jesus usou frequentemente essa palavra ao falar da vida que queria dar ao ser humano: a vida eterna. Não referia-se somente a um tempo o qual não se pode contar, mas da qualidade da vida, vivida ao seu lado.
Por isso, Jesus é eterno, porque estar ao seu lado é vida plena, em abundancia. Viver a vida dada por Jesus é viver não na dimensão do imediato, do que parece ser bom agora, mas que pode transformar-se em caminho de morte. Viver a vida eterna de Cristo é viver conforme Sua vontade, segundo o que Ele deseja, olhando para Ele e sendo iluminado, tendo atitudes transformadas e recebendo dele aprovação.
Continuaremos amanhã. Abraços,

Pastora Fátima

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Jamais seremos os mesmos se estivermos com Jesus!

Então eles, vendo a intrepidez de Pedro e João, e tendo percebido que eram homens iletrados e indoutos, se admiravam; e reconheciam que haviam estado com Jesus. At 4.13

Pedro e João foram levados ao Sinédrio, que era um grupo de autoridades de Jerusalém, sacerdotes, sumo-sacerdotes, pessoas que mantinham o poder no templo e tinham uma guarda especial. Funcionavam como um tribunal religioso, mas que podiam encaminhar casos (como o de Jesus) para o tribunal romano. Aquelas autoridades viram a intrepidez dos apostolos, apesar de serem iletrados e indoutos (literalmente: hsitantes na instrução) e reconheceram que haviam estado com Jesus.
Vale a pena relembrar quem era Pedro e João. Pedro é aquele que negou a Jesus. Era valente, mas na hora que Jesus estava passando pelo momento mais difícil não teve coragem de se aproximar, ficou ao longe e quando questionado mentiu dizendo que não o conhecia. E isso por três vezes.
João assim como os outros discípulos, quando Jesus foi preso também não ficou para ver o que iria acontecer, diz a Palavra que todos o abandonaram. João, no período do ministério de Jesus, demonstrou ser um intolerante, intransigente. Lucas conta que quando os samaritanos não permitiram que Jesus entrasse na aldeia, ele e seu irmão Tiago, perguntaram: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir? ” (Lc 9.54). Jesus respondeu a eles que eles não sabiam de que espírito eram, Jesus não veio para destruir, mas para dar vida. Em outro momento ele e seu irmão Tiago, queriam assumir uma posição mais importante, sentar a direita ou a esquerda de Jesus, quando este inaugurasse seu reino. Como diriam, nossos adolescentes,
João "se achava"! Na verdade, sua intolerância demonstrava sua fraqueza. Todo intolerante no fundo é um grande inseguro.
Era esses dois homens Pedro e João que deixaram admirados os doutores da Lei, os integrantes da CPI. Eram pessoas simples, mas demonstraram intrepidez. Esta palavra significa o mesmo que ousadia, coragem, galhardia, arrojo, audácia. A pessoa ousada lhe falta temor; mas tem ânimo, coragem, Demonstra segurança, certeza, confiança, autoconfiança, convicção, firmeza, franqueza, sinceridade. A conclusão dos doutores é que eles haviam estado com Jesus!
Esse texto nos ensina que não importa quem fui, importa ser nascido de novo!
Se você nasceu de novo, o pecado não mais tem domínio sobre você!
Se você nasceu de novo, é nova criatura, novo caráter, o pensar já não será o mesmo.
Se você nasceu de novo, precisa tomar posse de tudo o que Jesus já conquistou na cruz por nós.
Não importa se sou doutor, graduado, especialista, o que importa é ter a ousadia do Espírito Santo! A unção do Espírito traz a ousadia. Os discípulos medrosos e inseguros foram tão tocados pela unção do Espírito que falavam com autoridade do nome do Senhor. O desanimo foi embora! O medo foi embora! A inércia foi embora! A intolerância foi embora! O que importava agora era anunciar que não há salvação em nenhum outro, porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos! At 4.12
As pessoas somente perceberão que estivemos com Jesus se tivermos ousadia no Espírito Santo!
Intrepidez não é somente uma forma de falar com convicção, é mais do que isso. É uma segurança e confiança e dependência total de Deus! Essa ousadia é que demonstrará ao mundo que Jesus é nosso amigo pessoal, que estivemos com Ele!

Pastora Fátima

quinta-feira, novembro 30, 2006

Retiro dos Pastores - MOCA

Retornei no final desta quarta do Retiro de Oração para Pastores, promovido pelo Ministério de Oração do Coração Aquecido (MOCA), em Caratinga/MG. Deus agiu de maneira poderosa, nos tocou com a brasa viva do Seu altar, fomos edificados e sentimos o refrigério da presença do Senhor.
Estou certa que Deus vocacionou a Igreja Metodista a ser uma igreja aquecida pelo Espírito Santo. Uma igreja dinâmica, viva, onde os sinais e maravilhas do Senhor acontecem. Não creio que Deus tenha nos chamado para estarmos amedrontados, relaxados em costumes morais ou sem vida de oração. Ao contrário, Deus nos deu o chamado para reformar a igreja e espalhar a santidade bíblica sobre a terra.
Voltei me sentido renovada e com a responsabilidade de receber o próximo encontro do MOCA, nos dias 12, 13 e 14 de março. Deus quer escrever uma nova história na Igreja Metodista e, está dando a nós, metodistas em Guarapari, o privilégio de participarmos dela.
Que Deus abençoe o seu dia! Fiquem na paz,

Pastora Fátima

sábado, novembro 25, 2006

Comemorações

Hoje, dia 25 denovembro é comemorado o Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres. A data foi escolhida em homenagem às irmãs Mirabal – Patria, Minerva e Maria Teresa – ativistas políticas assassinadas no dia 25 de novembro de 1960 pela polícia secreta do ditador Rafael Trujillo, na República Dominicana.
A Igreja Metodista em Guarapari realizou dois eventos com objetivo de conscientizar a população e provocar uma reflexão acerca da nova lei "Maria da Penha", sancionada no dia 07 de agosto pelo Presidente Lula.
O Brasil triplicou a pena para agressões domésticas contra mulheres e aumentou os mecanismos de proteção das vítimas. A Lei Maria da Penha aumentou de um para três anos o tempo máximo de prisão – o mínimo foi reduzido de seis meses para três meses. A nova lei altera o Código Penal e permite que agressores sejam presos em flagrante ou tenham a prisão preventiva decretada. Também acaba com as penas pecuniárias, aquelas em que o réu é condenado a pagar cestas básicas ou multas. Altera ainda a Lei de Execuções Penais para permitir que o juiz determine o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação.A lei também traz uma série de medidas para proteger a mulher agredida, que está em situação de agressão ou cuja vida corre riscos. Entre elas, a saída do agressor de casa, a proteção dos filhos e o direito de a mulher reaver seus bens e cancelar procurações feitas em nome do agressor. A violência psicológica passa a ser caracterizada também como violência doméstica.
A mulher poderá também ficar seis meses afastada do trabalho sem perder o emprego se for constatada a necessidade de manutenção de sua integridade física ou psicológica.
Na sexta-feira, tivemos um debate cujo tema foi "Combatendo a Violência contra a Mulher e Construindo Direitos". A Dra. Magnólia Aguiar foi a palestrante, além da presença da presidente do Conselho Municipal de Direitos da Mulher, Tetê Brandolini.
No sábado pela manhã, foram distribuídos 3.000 panfletos, no centro da cidade e feira livre. Os carros, que passaram pela ponte, viram as faixas com o slogan: "Uma vida sem violência é um direito das mulheres".
A Igreja precisa despertar para o seu papel na sociedade. Essa é a hora de erguermos a nossa voz e manifestarmos ao mundo a vontade de Deus!

Pastora Fátima

quinta-feira, novembro 23, 2006

25 de novembro – Dia Mundial de Luta Contra a Violência a Mulher

O Dia 25 de Novembro será marcado por mobilizações no mundo inteiro, por ser considerado o Dia Nacional da Não-violência contra a Mulher. Os movimentos feministas estão promovendo diversas atividades pelo país, não só nesse dia, mas ao longo de toda a semana.
Nacionalmente, a AGENDE - Ações em Gênero, Cidadania e Desenvolvimento começou a mobilização no dia 20, Dia da Consciência Negra. Com o slogan “Uma vida sem violência é um direito das mulheres”.
A campanha conta com o engajamento de 27 redes e articulações nacionais de Mulheres e de Direitos Humanos, seis parcerias do Congresso Nacional, seis agências das Nações Unidas, 11 órgãos governamentais e empresas estatais e as atividades se estendem até o dia 10 de dezembro.
As atividades articuladas pela Agende vão durar por 16 dias, e integra a campanha mundial do Center for Women´s Global Leadership (Centro para a Liderança Global das Mulheres), cujo lema deste ano é “Pela saúde das mulheres, pela saúde do mundo, basta de violência”.
O UNIFEM - Fundo das Nações Unidas para a mulher, denunciou em seu relatório anual que a violência de gênero provoca mais mortes em mulheres entre 15 e 44 anos que o câncer.
Entre alguns dos atos agressivos contra elas se encontra a mutilação genital, uma prática cirúrgica que se realiza em cerca de 28 países da África e Médio Oriente, que se estendeu até a imigração na Europa e constitui mais uma forma de controle social e opressão feminina.
Segundo o UNIFEM, a mutilação genital feminina afeta mais de 135 milhões de mulheres no mundo: dois milhões de meninas são mutiladas por ano. Pela tradição, o objetivo principal da mutilação é marcar a passagem da infância para o estado adulto das mulheres, mas ela é praticada também em meninas de 4 a 12 anos de idade. Também se conhecem casos de mutilação em recém nascidos e mulheres jovens a ponto de se casarem.
No Brasil a mutilação genital não é uma tradição, mas existem muitas outras formas de violência. Os registros das delegacias brasileiras demonstram que 70% dos incidentes ocorrem dentro de casa e que o agressor é o próprio marido ou parceiro. (fonte: www.cemina.org.br)

terça-feira, novembro 21, 2006

Restauração

O Salmo 80 nos chama atenção pela ênfase dada a restauração. Três vezes o salmista pede a restauração do seu povo:

Restaura-nos, ó Deus; faze resplandecer o teu rosto, e seremos salvos. (v.3)

Restaura-nos, ó Deus dos Exércitos; faze resplandecer o teu rosto, e seremos salvos. (v.7)

Restaura-nos, ó Senhor Deus dos Exércitos; faze resplandecer o teu rosto, e seremos salvos. (v.19)

Este salmo pode ser aplicado tanto ao reino do Norte quando o país foi devastado pelos assírios, quanto a Judá após a queda de Jerusalém em 586 (Jr 12:7-13) sob o poder dos Babilonios. Talvez o salmista fosse um levita refugiado em Masfa de Benjamim sob Gedalias (2 Re 25:22-23:27), espera a restauração do reino unificado (Is 49:8): Assim diz o Senhor: No tempo aceitável te ouvi, e no dia da salvação te ajudei; e te guardarei, e te darei por pacto do povo, para restaurares a terra, e lhe dares em herança as herdades assoladas.
Tinha consciência da devastação em que se encontrava seu País: estavam comendo pão de lágrimas, eram motivos de zombaria, sentiam que Deus estava indignados com eles por causa de seus pecados, os muros destruídos eram como uma casa cujos muros haviam sido destruído e os javalis e animais selvagens devastavam a plantação v. 12, 13.
A videira ou vinha era a forma como os profetas referiam-se a Israel. A vinha que foi plantada por Deus. Queimada e decepada, o cenário é de destruição. Cerca derrubada é sinal de que não houve preservação. Isso me faz lembrar do cuidado do meu pai, quando na infância o via trocar os bambus apodrecidos por bambus novos para assim preservar a cerca de bambus em volta de nossa casa.
Restaurar é repor ao primitivo estado, tornar a por em vigor, dar novo esplendor, restituir, reparar, retocar. O restauro de obras de arte é um trabalho de bastidores, minucioso e, sobretudo, invisível. Na maioria das vezes, o público que se depara com as telas de artista como Renoir, não se lembra que ver essas telas só se tornou possível graças ao trabalho de profissionais especializados, conhecidos como restauradores-conservadores, que conhecem a fundo como retocar pinturas, suturar um rasgo de tela e até mesmo resgatar antigas imagens de igreja ou um monumento histórico.
A restauração é obra de Deus em nossa vida. Somente Ele pode nos restaurar. Trazer de volta o primeiro amor, reacender a chama da paixão por Jesus. Mas, após a restauração é tarefa humana, preservar a fé. É claro que podemos contar com Sua ajuda, mas nós somos responsáveis pela preservação da vida de Deus em nós. Precisamos ter a consciência de que preservar a fé, envolve oração, busca de santidade, na renovação no Espírito, abandono de atos pecaminosos, assim poderemos dizer que estamos nos revistando do novo ser, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.
Temos andado em vigilância? Tenho consciência da necessidade de manter uma vida devocional? De manter-me em comunhão com a Igreja? Espero a “cerca” cair para então buscar conserta-la? Ou tenho mantido sob um zeloso cuidado minha vida com Deus?
Desde domingo, temos falado sobre a restauração de Deus em nós. Temos sentido o mover do Espírito, mas cabe a nós continuarmos buscando a presença do Pai e deixando que Ele nos restaura continuamente.
Que Deus nos abençõe!

Pastora Fátima

Sede insaciável

“A mim, uma sede insaciável me inspira,
um desejo,infinito desejo,
e enches meu coração ansioso
Menos que Ti mesmo, não me dês!
Tu dentro de mim mesmo vives!
Venhas agir com toda pressa!”. (C.Wesley)

sábado, novembro 18, 2006

Psicólogo defende o direito daqueles que desejam deixar a homossexualidade

A carta abaixo é de um psicólogo que defende o direito daqueles que desejam deixar a homossexualidade, assim como o direito dos terapeutas que acreditam que é possível deixar a homossexualidade. Essa carta foi publicada no site www. exodus.org.br.

A Quem Interessar Possa

Eu estou escrevendo esta declaração para oferecer minha opinião profissional e comentários sobre o tratamento psicológico de indivíduos que lutam com a homossexualidade não desejada.
Sou um psicólogo licenciado na prática particular na Califórnia por mais de onze anos. Estive envolvido extensamente em treinamento e supervisão de psicólogos na esfera do doutorado, psiquiatras em treinamento de residência, estudantes de medicina, psiquiatras atuando como assistentes sociais e terapeutas de casamento e família na área da Baía de São Francisco. Tenho ministrado treinamento em saúde mental em seminários assim como no governo ou conferências universitárias promovidas em Beijing, Shangai e Hong Kong, na China.
Com base na minha experiência, a homossexualidade não desejada é real e indivíduos sofrem grande angústia com isso. Acredito que os direitos desses indivíduos devem ser respeitados assim como respeitamos aqueles que não acham a homossexualidade algo indesejável. Eu gostaria de apelar ao princípio da justiça no campo da saúde ao invés de adotar o expediente do que é politicamente usual porque precisamos atentar diligentemente aos que seriam os alvos do tratamento para esses pacientes. Nós precisamos oferecer a essas pessoas tolerância em suas buscas por felicidade com base no desejo que têm de mudar, embora isso não seja considerado politicamente correto nos dias de hoje.
O segundo ponto que eu gostaria de oferecer para consideração é o direito à liberdade da hostilidade que o profissional da saúde mental tem para praticar aquilo em que ele ou ela é especialista. Uma sociedade avançada baseada na economia do livre mercado não pode sufocar essa criatividade porque todos, eventualmente, sofrerão desta visão curta e de uma mentalidade fechada. Diversidade e multiculturalismo enriquecem e não são restritivos. Nós não deveríamos recear ter qualquer tipo de profissional de saúde mental, naquilo que ele ou ela fosse bom.
Embora a Associação Americana de Psiquiatria não tenha incluído a homossexualidade como uma diagnose em sua versão atual do manual de diagnósticos, ela não declarou a homossexualidade como uma condição saudável. O comitê que votou na remoção desta diagnose tomou uma atitude política e não uma decisão baseada em evidências clínicas. O psiquiatra que foi grandemente responsável por este comitê, o Dr. Robert Spitzer, disse em shows da mídia popular que ele acreditava que a mudança para homossexuais era possível. Ele ainda disse acreditar que essas pessoas que já haviam mudado eram pessoas felizes.
Então, eu faria esta defesa para dar aos indivíduos que lutam com a homossexualidade igual acesso à terapia, não limitando o que qualquer profissional da saúde mental possa e deva fazer. Nós precisamos de tolerância e justiça para servir aos nossos pacientes.

Cordialmente,

Melvin Wong, Ph.D.

Melvin W. Wong, Ph.D.
Psicólogo Clínico Licenciado

sexta-feira, novembro 17, 2006

É hora de eliminarmos as "raposas e raposinhas"!

Temos ouvido falar muito de voluntariado e responsabilidade social, ficamos sempre pensando: Acho que preciso fazer algo... precisamos!
Mas queremos falar de um assunto que ninguém tem duvidas de que algo muito rápido precisa ser feito, pois não é atoa que o nosso inimigo está concentrando a maior parte do seu investimento sabendo que o retorno é líquido e certo.
Estamos falando de nossas crianças, filhos e ministérios. Precisamos fazer algo mais contudente nesta área. Sabemos que criança não é futuro e sim presente. Temos que aumentar nosso ritmo, arregaçar as mangas e pagar um preço pois a área infantil é o maior investimento do inimigo.
"Pois se as raposas e raposinhas comerem as flores das vinhas não haverá uvas" (Cantares 2.15). Pense nisto!
Importante lembrar do sacerdote Eli, dedicado, sério, honesto, homem de Deus, ele orava e Deus respondia e cuidou de Samuel. fez quase tudo que Deus determinou a ele, porém o principal não fez, que era cuidar de sua família, então Deus o amaldiçoou.
Mas tenho uma boa notícia! Deus está lhe dando tempo para se tornar um "exterminador de raposas", se eliminarmos as raposas e raposinhas colheremos uvas de excelência para Deus!

Rogério Carneiro Ferreira (membro da Igreja Batista Betel, Vila Velha/ES e palestrante na área de liderança de ministério infantil)

quarta-feira, novembro 15, 2006

Levante sua voz contra a injustiça

"Fale a favor daqueles que não podem se defender. Proteja os direitos de todos os desamparados. Fale por eles e seja um juiz justo.Proteja os direitos dos pobres e dos necessitados."Provérbios 31:8-9

Um grupo de estudantes vinculado ao grupo bíblico universitário da Inglaterra (UCCF) sentiu que Deus os estava chamando para defender as causas dos oprimidos mais seriamente. Eles oraram e decidiram formar um rede. Em 1998 teve início o movimento SPEAK, hoje reunindo 8 mil jovens naquele País, os quais regularmente oram e promovem atividades relacionadas à questão da justiça em nosso mundo.
A visão do FALE é formar uma rede de estudantes e jovens que juntos estarão orando e agindo sobre temas relacionados a justiça em nosso país e no mundo, com especial atenção para os aspectos econômicos e seus efeitos na desigualdade e na ampliação da miséria. Nossa proposta é que o FALE produza informações regulares para a ação e oração por intermédio de cartões de oração e campanhas de envio de cartões postais (Ore & Envie).

Objetivos:
Promover uma rede de oração entre jovens sobre temas relacionados à questão da injustiça em nosso País e no mundo. Temas relacionados à desigualdade, integração econômica e outros abordados nos movimentos anti-globalização.

Desenvolver maior consciência e envolvimento com a realidade social nestes jovens, a partir do fornecimento de informações e do envolvimento nas campanhas de oração, no envio dos cartões para pessoas-chave e por intermédio da promoção de pequenos eventos públicos.

Sensibilizar lideranças políticas e empresarias que vivem em nosso País para questões que envolvem o tema da injustiça.
Maiores informações no site oficial do movimento:www.fale.org.br

segunda-feira, novembro 13, 2006

Aliviando a bagagem

Já começamos a última etapa do ano. Como sempre, tudo passou muito rápido. Coisas inesperadas aconteceram em nossas vidas e no mundo. Houve perdas, num mundo que só fala em ganho e lucro. Talvez, por isso, precisemos de consolo, de forças para continuar a caminhada.
Final de ano é oportunidade para lembranças, avaliações de perdas e ganhos, de saldos. É hora de considerarmos o que levar e o que deixar no caminho.
Cristo vem a nós, sinalizado pelo Natal, dizendo estar conosco, para nos ajudar e nos fortalecer. O melhor do Natal não são as comidas, presentes e festividades, mas, sim, o presente que recebemos: "a presença graciosa e amorosa de Cristo". Ele convida-nos a aceitar tal presença em nossa caminhada.
De fato, a vida é como um caminho a ser seguido, no qual temos uma bagagem a carregar. Por mais pesada que possa ser essa bagagem, normalmente não gostamos de deixá-la ou de tirar alguma coisa dela.
A sua mala está em suas mãos. Busque a sabedoria de Deus, Sua orientação e tome uma decisão. Tire da mala coisas que não lhe são importantes e úteis: memórias tristes, erros, objetivos inadequados, ambição demasiada. Faça uma revisão e leve somente o que é fundamental para o seu caminhar no dia-a-dia. Elimine as dores do passado. Reconcilie-se com o essencial. Não tente carregar muito fardo desnecessário. Cuidado! Você pode pagar excesso de bagagem e cansar-se ao levar esse fardo.
Desembarace-se do que for possível, largue vícios e pecados pessoais, sociais e relacionais. Acima de tudo, caminhe "olhando para Jesus", o Autor e Consumador da vida e da fé (Hebreus 12.1-3).
Nelson Luiz Campos Leite (Editor do No Cenáculo para a Língua Portuguesa)
Extraído do site http://www.editoracedro.com.br/cenaculo.htm.

sábado, novembro 11, 2006

Olavo Bilac

O dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, certo dia abordou-o na rua e disse: “Sr. Bilac, estou precisando vender o meu sítio, que o senhor tão bem conhece. Será que poderia redigir o anúncio para o jornal?”
Olavo Bilac apanhou lápis e papel e escreveu: “Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortado por cristalinas e merejantes águas de um lindo ribeirão. A casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranqüila das tardes na varanda”.
Alguns meses depois, o poeta encontra-se com o comerciante e pergunta-lhe se já havia vendido o sítio. “Nem pensei mais nisso”, disse o homem. “Depois que li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha!”.
Não sei se essa história é verdadeira, mas me fez refletir que às vezes, não percebemos as coisas boas que recebemos de Deus. Muitas vezes, não lembramos nem mesmo de agradecer o pão em nossa mesa. Não percebemos que nossa família é tão linda ou que temos tantos amigos que ainda são sinceros. Ficamos à procura de grandes coisas, não nos satisfazemos que o que temos e com isso perdemos a oportunidade de ser verdadeiramente feliz. Pense nisso!
Que seu dia seja iluminado pela presença do Pai!
Pastora Fátima

sexta-feira, novembro 10, 2006

Barraco Ideológico

A militância gay exigiu a prisão de um cristão que distribuía folhetos durante uma passeata. Ela parecia reivindicar: “Liberdade de expressão apenas para os que sejam pró-minha causa”. O governo brasileiro promove uma cartilha anti-homofobia, que deve ser usada nas escolas do país. O efeito da cartilha poderá ser a homossexualização precoce de nossas crianças. Sobrarão pouquíssimos heterossexuais nas próximas gerações. Não ser homo será homofobicamente perigoso e deselegante.
No Rio, uma deputada federal usou força policial para impedir o arcebispo de divulgar o principal projeto dela no Congresso: a descriminalização do aborto. Católicos foram impedidos de saber que sua política de defesa da mulher vai permitir a legalização da morte intra-uterina de milhares de meninas. A divulgação do projeto de lei assinado por ela foi considerada pela polícia crime eleitoral!
Pare o mundo que eu quero descer. Quantos discursos vazios! O discurso vazio do meio ambiente, da liberdade, da proteção dos direitos da mulher. O discurso vazio da anti-homofobia, que implanta no país um fascismo moral às avessas. Estamos mergulhados na cosmovisão pós-moderna que corrói como um ácido tudo o que sabemos ser absoluto.
Outro dia vi-me envergonhada de me posicionar contra o aborto. De repente ouvi a minha própria voz num discurso anti-abortista e me senti traindo a “causa” das mulheres, como se fosse uma direitista americana. De onde me veio essa vergonha? Ela nasceu da associação do discurso moral a tudo o que não é moral na religião cristã. Tornei-me vítima da pós-modernisse onipresente. Ao associar o discurso de defesa da vida ao nojo que me causa a indiferença da classe média aos problemas sociais, perdi a capacidade de focalizar o bem como bem e o mal como mal. O mal moral do assassinato de vidas intra-uterinas se relativiza diante da miséria daqueles que puderam viver. O mal começa a ter um leve cheiro de solução, a morte de bebês se doura de cores revolucionárias. O bebê se torna tecido; a morte, uma moeda social.
Nada me mostra a eugenia cínica dessa medida, nada me mostra o horror de Deus diante da institucionalização do crime. Crianças pardas e pobres serão retiradas do útero morno de suas mães; arrancadas ou aspiradas aos pedaços, serão jogadas numa lata de lixo juntamente com outros pedaços ou cadáveres inteiros de bebês. Tudo com o meu consentimento eleitoral, tudo pago pelo meu dinheiro. Crianças serão xiitamente homossexualizadas na escola, sem que os pais possam ensiná-las o “certo e errado” em sexualidade (afinal, numa sociedade hedonista, quem pode dizer que o prazer, em qualquer forma, não é certo?). Mas eu serei uma cristã antenada com as “causas” humanistas, estarei na moda, e poderei dizer ao Bush que nada tenho dele em mim...
É fato que a pseudo-moral humanista nos confundiu. Cristãos erraram, confundiram rigidez moralista com moralidade, confundiram amor a Deus com preconceito. Deus ama, e o amor nos nivela por cima, sejam quais forem nossos multissexos, nossos multiassassinatos em multiformas. Mas nem por isso ele deixa de ser o Legislador, autor do manual de uso, e que não abre mão de ser Deus. Seu amor estabelece o bem e o mal, o certo e o errado, e por isso é amor. E, hoje em dia, este amor acaba tendo ares de reacionário e a proposta bíblica de vida causa um barraco ideológico, sem a elegância do politicamente correto. Graças a Deus.

Texto extraído do site da Revista Ultimato: www.ultimato.com.br
A autora, Bráulia Ribeiro, é missionária em Porto Velho, RO, e presidente da JOCUM — Jovens com Uma Missão. braulia_ribeiro@yahoo.com

quinta-feira, novembro 09, 2006

Oração para hoje

Deus,
Peço hoje, que eu tenha sucesso em tudo que eu fizer, nos negócios e nas relações de todo tipo e com toda gente.
Não permita que a injustiça que acidentalmente eu praticar fique impune ou escondida, que doa mais em mim do que naqueles que não a merecem.
Enfim Senhor, me ajude a não alimentar a ira daqueles que desejam o meu mal. Mas que eu tenha atitude não apenas para perdoá-los mas, compreender a dificuldade que carregam junto com toda rejeição de si mesmos. Me dê sabedoria para agir com pulso, mas sem ira, apenas força para que entendam, que não podem fazer do mundo vítimas do seu próprio fracasso.
Abençoe especialmente hoje todos aqueles que se julgam incapazes, e dê a eles o presente de sentir que a nossa força está em ti. Em nome de Jesus, amém!

Neíla Reis Kessler (membro da Igreja Batista em Itatiaia, Juiz de Fora)

quarta-feira, novembro 08, 2006

Araceli: nove anos, espancada, estuprada e morta

Era uma sexta-feira. Lola, uma boliviana, pediu que sua filha Araceli saísse da escola mais cedo e fosse entregar um envelope a um grupo de rapazes. Dentro, havia drogas. A menina não sabia. Quando Araceli chegou ao edifício Apolo, em Vitória, os rapazes já estavam drogados. Ali Araceli foi violentada, os bicos dos peitinhos e a vagina foram lacerados a dentadas. Depois jogaram ácido sobre ela. Seu corpo foi encontrado dias depois, no matagal nos fundos de um hospital, por um garoto que caçava passarinho. Seu rosto ficou desfigurado, corroído pelo ácido, dificultando o reconhecimento. Este crime aconteceu no dia 18 de maio de 1973. Os acusados eram Paulo Helal, filho de um rico proprietário de imóveis, hotéis, fazendas, estabelecimentos comerciais e poderoso membro da maçonaria capixaba e Dante de Bríto Michelini, filho de um exportador de café. A sociedade capixaba da época silenciou. Apesar da ampla cobertura da mídia, o caso ficou impune[1].
O abuso sexual de crianças tem sido por demais tolerado em nossa sociedade. A violência contra crianças e adolescentes ofende a Deus. Jesus afirmou, certa vez, que quem escandalizasse um desses pequeninos, “melhor seria que pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e se precipitasse na profundeza do mar” (Mateus 18:6). Afirmou também que quem os recebesse, recebia a Ele próprio. Portanto, lutar pela proteção das crianças é lutar para que o amor de Cristo e sua justiça sejam manifestos a todos e todas, independente da idade ou condição social: “Esquecer é permitir. Lembrar é combater”[2].

Pastora Fátima

[1] Todas as informações foram colhidas em pesquisa na internet, feita no site de busca www.google.com.br.
[2] Slogan do dia 18 de maio.

terça-feira, novembro 07, 2006

A Teimosia do Ser Humano

Por que teimamos tanto em desobedecer as ordens de Deus? Quantas vezes o Senhor está nos apontando em uma direção e nós ignoramos seus sinais. A maior parte dos nossos problemas não está relacionado com o que os outros fizeram contra nós, mas sim o que nós fazemos a nós mesmos. Tantas vezes insistimos em situações, comportamentos e relacionamentos que sabemos que não está produzindo nenhum fruto, mas queremos tanto fazer nossa vontade que não abrimos mão. Quando a dor chega, queremos questionar a Deus por que estamos passando por isso.
Não espere a dor, para mudar de rumo. Não espere a tragédia, para ouvir a voz de Deus. Escute a voz do Espírito Santo e deixe o Senhor mudar o rumo de sua história!

Pastora Fátima

sexta-feira, novembro 03, 2006

Lista das necessidades humanas

Certa vez recebi um e-mail dizendo sobre os diversos objetos que podem ser descritos como necessidades humanas. Decidi também colocar o que considero uma necessidade. Se você quiser, comente e dê continuidade a lista:


  • Uma borracha para apagar de nossa história tudo que nos desagrada.
  • Um sabonete para retirar as marcas das máscaras que usamos no dia-a-dia.
  • Uma tesoura para cortar tudo aquilo que nos impede de crescer.
  • Um pássaro que nos ensine a voar alto e cantar com liberdade.
  • Um jarro para conservar o carinho e amadurecer o amor.
  • Um frasco transparente, para conservar os sorrisos. Sem tampa, para escutar o alegre som.
  • Lentes, corretoras da visão da vida, que nos permitam enxergar, com amor, o próximo e a natureza.
  • Um esquilo, que nos mostre como galgar os ramos da árvore da sabedoria.
  • Agulhas grandes, para tecer sonhos e ilusões.
  • Um cofre, para guardar as lembranças construtivas e edificantes.
  • Um zíper,que permita abrir a mente quando se deseja encontrar respostas, outro para fechar nossa boca quando for necessário, e outro para abrir nosso coração.
  • Um relógio, para mostrar que é sempre hora de amar.
  • Um rebobinador de filmes, para recordar os momentos mais felizes de nossas vidas.
  • Uma balança, para pesar tudo que é vivido e experimentado.
  • Um espelho, para admirar uma das obras mais perfeitas de Deus... nós mesmos!!!

Eu acrescento:

  • Uma peneira para poder separar os pensamentos, o puro do impuro, o verdadeiro do falso, o amável do rancoso, tornando a mente mais próxima da mente de Cristo.

E você, o que acrescentaria?

Pastora Fátima

Oração de um Profeta Menor

Esta oração foi pronunciada por um homem chamado a ser testemunha ante as nações, e foram estas as palavras que disse ao seu Senhor no dia em que foi ordenado. Depois de os anciãos e ministros terem orado e pousado sobre ele as suas mãos, retirou-se para estar a sós com o seu Salvador, no silêncio, mais além do que os seus irmãos bem intencionados o podiam levar. E disse:
“Senhor, escutei a tua voz e tive medo. Chamaste-me a uma tarefa solene numa hora grave e perigosa. Em breve abalarás todas as nações, a terra e também o céu, para que fique só aquilo que é inabalável. Senhor, nosso Senhor, aprouve-te honrar-me chamando-me a ser Teu servo.
Senhor Jesus, aproximo-me de Ti em busca de preparação espiritual. Pousa a tua mão sobre mim. Unge-me com óleo do profeta do Novo Testamento. Impede que eu me transforme num religioso e perca assim minha vocação profética. Salva-me da maldição que paira sombriamente sobre o sacerdócio moderno; a maldição da transigência, da imitação, do profissionalismo. Salva-me do erro de julgar uma igreja pelo número de seus membros, pela sua popularidade ou pelo total de suas ofertas anuais. Ajuda-me a lembrar-me de que eu sou profeta, não um animador, não um gerente religioso, mas um profeta.
Que eu nunca me transforme num escravo das multidões. Cura a minha alma das ambições carnais e livra-me do prurido da publicidade. Salva-me da servidão das coisas materiais. Impede-me de gastar o tempo entretendo-me com as coisas da minha casa. Faze o teu terror pousar sobre mim ó Deus, e impele-me para o lugar de oração onde eu possa lutar contra os principados, e potestades, e príncipes das trevas deste mundo. Livra-me de comer demais e dormir demais. Ensina-me a autodisciplina para que eu possa ser um bom soldado de Jesus Cristo.
Senhor do céu e da terra, consagro-Te o resto dos meus dias, sejam eles muitos ou poucos, consoante a tua vontade. Quer eu me erga perante os grandes quer ministre aos pobres e humildes, essa escolha não é minha, e eu não a influenciaria, mesmo que pudesse. Sou Teu servo para cumprir a Tua vontade. Ela é mais doce para mim do que a posição, ou as riquezas, ou a fama, e escolho-a acima de tudo o mais na terra ou no céu.
Embora eu tenha sido escolhido por Ti e honrado por uma alta e santa vocação, que eu nunca esqueça que não passo de um homem de pó e cinza com todos os defeitos e paixões naturais que atormentam a humanidade. Rogo-Te, portanto, meu Senhor e Redentor, que me salves de mim próprio e de todo o mal que eu puder fazer a mim mesmo enquanto procuro ser uma bênção para os outros. Enche-me do Teu poder pelo Espírito Santo, e eu caminharei na tua força e proclamarei a tua justiça – a Tua tão somente. Anunciarei a mensagem do teu amor redentor enquanto tiver forças.
E, Senhor amado, quando eu for velho e estiver fatigado, demasiado cansado para prosseguir, prepara-me um lugar lá em cima e conta-me entre o número dos Teus santos na glória eterna. Amém”.

Texto de A. W. Tozer

Esperar

Simone Weil, uma escritora de origem judaica, disse: "Esperar pacientemente, em expectativa, é a base da vida espiritual". Quando Jesus fala do fim dos tempos, refere-se precisamente à importância da espera. Ele diz que nações combaterão contra nações e que haverá guerras e tremores de terra e desgraças. O povo agonizará e dirá: "Cristo está ali! Não, ele está aqui!" Muitos ficarão confusos e muitos serão enganados. Mas Jesus diz que você deve estar preparado, acordado, atento à Palavra de Deus, e então você vai sobreviver a tudo o que irá acontecer e poderá manter a confiança na presença de Deus na comunidade (cf. Mt 24).
É essa a atitude de espera que nos permite ser pessoas capazes de viver num mundo muito caótico e sobreviver espiritualmente.

Extraído do livro "O Caminho da Esperança" de Henri Nouwen.

sábado, outubro 28, 2006

Consciência social

Não são problemas pessoais nem familiares que afligem o profeta Habacuque e o leva à oração. Ele não fala em “minha queixa”, “minha desgraça”, “minha aflição”, “meu fracasso”, “meu gemer”, “meu inimigo”, como a maior parte dos salmos.
Em suas orações, Habacuque está preocupado com os problemas que afligem as nações e a sociedade em geral:
“Por que me fazes ver a injustiça, e contemplar a maldade? A destruição e a violência estão diante de mim; há luta e conflito por todo lado. Por isso a lei se enfraquece e a justiça nunca prevalece” (1.3,4).
“Os ímpios prejudicam os justos, e assim a justiça é pervertida” (1.4).
“Por que ficas calado enquanto os ímpios devoram os que são mais justos que eles?” (1.13). “Tornaste os homens como peixes do mar, como animais, que não são governados por ninguém” (1.14).
Essa modalidade rara de oração agrada a Deus, exercita a fraternidade e o altruísmo e ainda massacra o individualismo e o egoísmo.
Orarei contra os meus pecados e também contra os pecados da sociedade!

Retirado de Refeições Diárias com os Profetas Menores (Editora Ultimato, 2004).

sexta-feira, outubro 27, 2006

O segredo mais bem guardado

Entrevista: DALLAS, Estados Unidos, Novembro 24, 2004

Na quinta-feira, 25 de novembro, celebra-se o Dia Mundial da Luta pela Não-Violência contra a Mulher. Sobre o tema, ALC conversou com Esly Regina Carvalho, psicóloga e psicoterapeuta brasileira, especialista em saúde emocional. Ela trabalhou na área durante mais de 20 anos no Brasil, Bolívia, Equador e Estados Unidos. Escreveu vários livros a respeito. Atualmente, trabalha no ministério "Esperança para o coração", nos Estados Unidos.
Esly Regina Carvalho foi fundadora, em 1998, do ministério Praça do Encontro. Escreveu bibliodramas, psicodramas e obras para psicoterapia de grupo. Estudou na Universidade de Brasília. Ela fala português, espanhol e inglês.

ALC: A sociedade hoje está mais consciente do problema que constitui a violência contra a mulher?
Esly Carvalho: Talvez se possa falar, atualmente, de forma mais aberta sobre o problema, mas, em geral, continua na categoria de "segredos bem guardados". As dificuldades econômicas, os modelos incorporados dentro das famílias, a vergonha e o medo continuam mantendo as mulheres em situação de vítimas da violência intrafamiliar.
ALC: E nas igrejas?
Esly Carvalho: Nas igrejas cristãs a situação mudou muito pouco. Eu continuo falando do tema na América Latina e na mídia hispânica dos Estados Unidos. Continuo encompridando meus "coffee breaks" durante minhas falas, porque é quando as mulheres vêm conversar em particular. Pedem contato, quando me contam sua situação, me pedem ajuda, rompem o meu coração. Mudou muito pouco.
ALC: Por que persiste a violência contra a mulher?
Esly Carvalho: Há vários fatores. Um dos principais é o modelo aprendido em família. Todos aprendemos a ser família na família em que vivemos. Se essa família permite a violência, então o modelo de "amar-se" e querer-se como família inclui a violência.
Lembro de uma jovem mulher que veio me ver e me disse que, antes de completar 24 anos descobriu que nem todos brigavam entre si nas famílias. Ela pensava que a violência era uma parte "normal" de ser família.
Nunca devemos subestimar o poder da forma conhecida de viver. Pode ser aterradora, mas é conhecida. Até nossos ditos o comprovam: "Melhor o diabo conhecido do que o anjo por conhecer"; "o mal conhecido do que o bom por conhecer". É importante entender que para melhorar é preciso buscar a saúde do coração.
Talvez um dos maiores mitos da sociedade é que "há de se manter a família unida". Então, muitas mulheres agüentam de tudo para não se divorciarem, em nome da "unidade familiar". O que esquecem é que estão perpetuando o modelo e ensinando seus filhos que não há problema em maltratar as mulheres, que são tão sem valor que se pode fazer qualquer coisa com elas.
ALC: Onde estão os homens nessa questão?
Esly Carvalho: Vivemos uma crise da masculinidade. Os homens também receberam péssimos modelos de ser homem. O modelo machista, de provar constantemente que alguém é homem, também faz mal a eles. Eles tampouco tiveram bons modelos. Seus pais também eram violentos ou ausentes.
A ira mal resolvida, a dor de não ter tido um papai que lhe confirmasse como homem, a dor de não se sentir amado por seu pai, tudo isso contribui para que os homens sofram e descarreguem o seu sofrimento de formas não apropriadas.
Não entendo por quê as palavras "te amo" parecem estar reservadas para o leito de morte. Não sei quantas pessoas me confessaram que seu pai (ou mãe) só lhes disseram essas palavras quando estavam por morrer. O amor não faz mal! Isso nos ensina a Primeira Carta aos Coríntios, 13. O amor não está sendo bem ensinado em nossas famílias.
ALC: Que se pode fazer diante dessa situação?
Esly Carvalho: Romper o silêncio. Buscar ajuda. Embora não estejas na lista para deixar a situação de violência, faze algo para que um dia isso possa parar.
As igrejas ganhariam muito se pudessem falar mais abertamente sobre esse tema do púlpito (mas sabemos que muitos pastores também são abusadores físicos e que não querem falar de sua própria situação!).
As mulheres precisam saber como romper seus modelos de co-dependência para que possam ajudar a formar uma nova geração de filhos que aprendam a resolver conflitos sem violência. Poderiam formar grupos de apoio e crescimento emocional, grupos para que as mulheres possam crescer em sua auto-estima e acreditar que possam sair disso.
Os homens precisam novos modelos de ser homens. Todos precisam curar seu coração. Sem sanidade não há santidade.
ALC: O que você tem a falar de sua atividade com escritora?
Esly Carvalho: Meu último livro "Saúde emocional e vida cristã" foi finalista no encontro da Associação Brasileira de Editores Cristãos (ABEC), no Rio de Janeiro, na categoria "Vida cristã". Já foram publicadas três edições em português. A versão em espanhol encontra-se nas mãos da Casa Criação.
Também o livro "Família em crise" tem um capítulo sobre a violência doméstica. E em "Asas de saúde" há exercícios para a saúde do coração.

Entrevista extraída do site http://www.alcnoticias.org.

Aperfeiçoamento

Certa vez um artista viu um tronco sendo jogado fora por um jardineiro de uma grande mansão. O artista olhou para o tronco e pensou na obra de arte que poderia realizar com aquele tronco retorcido. Levou o tronco para casa e transformou-o numa escultura, que posteriormente foi vendida ao dono da mansão que o havia jogado fora. Deus é como esse artista que nos “encontra” e nos transforma numa obra de arte e devolvendo-nos ao mundo com o objetivo de que testemunhemos do Seu poder.
Quando uma pessoa toma a decisão de entregar o seu viver sob o comando de Jesus Cristo, muitas mudanças ocorrem. Gostaria de assinalar as seguintes: é feito filho de Deus (Jo 1:12); passa da morte para a vida (Jo 5:24); recebe o Espírito Santo (Jo 14: 17); é feito/a santo/a ou separado/a por Deus e para Deus (Hb 10:10, Rm 1: 7) e torna-se membro do Corpo de Cristo (1 Co 12:27).
O Apóstolo Paulo ao escrever suas cartas refere-se aos/às destinatários/as como a “santos” (I Co 1:2, II Co 1:1, Ef. 1:1, etc), ainda que escrevesse para uma igreja como a de Corinto, considerada por ele como “carnal” (I Co 3:1).
Em Efésios 4:12, Paulo cita alguns ministérios e afirma que, Deus ao conceder dons e ministérios tem um objetivo: aperfeiçoar os santos! Deus concede dons e ministérios aos Seus filhos e filhas para que ministremos uns aos outros, aperfeiçoando-nos e tornando-nos “embaixadores em nome de Cristo” (II Co 5:20).
Deus deseja aperfeiçoar-nos e usar nossas vidas para aperfeiçoarmo-nos uns aos outros, cumprindo assim o mandato de Jesus: “fazendo discípulos de todas as nações”!
No amor do Deus Emanuel,
Pra. Maria de Fátima de O.S.David

quarta-feira, outubro 25, 2006

Plenitude do Espírito

Ser cheio do Espírito Santo não é uma opção, é uma ordem. Não ser cheio do Espírito Santo é uma desobediência a um mandamento divino. Muitos crentes têm o Espírito Santo, mas não estão cheios dele. Uma coisa é ser habitado pelo Espírito, outra é transbordar do Espírito. Uma coisa é ter o Espírito residente, outra é tê-lo presidente. A expressa vontade de Deus para você é uma vida abundante, produzida pela plenitude do Espírito. O apóstolo Paulo, escrevendo sua Carta aos Efésios (5:18) fala desse glorioso tema.
Destacamos algumas lições:
Em primeiro lugar, a plenitude do Espírito tem uma semelhança superficial com a embriaguez. A ordem divina é: “Não vos embriagueis com o vinho no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). Uma pessoa embriagada está sob o poder do álcool. Ela fala e age sob a influência do álcool. Ela perde a inibição e se torna ousada quando está cheia do álcool. Assim, o indivíduo cheio do Espírito também fala e age sob a influência do Espírito. Ele é governado pelo Espírito.
Em segundo lugar, a plenitude do Espírito tem um contraste profundo com a embriaguez. O álcool é um depressivo e não um estimulante. Ele é um ladrão de cérebro e não um tônico para a mente. O álcool induz a uma vida dissoluta. Mas o Espírito traz discernimento, sabedoria, graça e santidade. Se uma pessoa bêbada perde o controle de si mesma, o fruto do Espírito é domínio próprio.
Em terceiro lugar, a plenitude do Espírito Santo é um mandamento e não uma opção. O apóstolo Paulo dá uma ordem expressa: “Enchei-vos...”. É a expressa vontade Deus que você seja cheio do Espírito Santo. Ele não apenas quer que você seja cheio do Espírito, mas ordena você a sê-lo. Paulo condenou a embriaguez e também a ausência da plenitude do Espírito Santo. Não ser cheio do Espírito Santo é um pecado, um ato de desobediência a um mandamento de Deus. Como crentes em Cristo não podemos nos acomodar a uma vida infrutífera. Se não estivermos cheios do Espírito Santo estaremos cheios de nós mesmos ou até mesmo cheios de pecado. Não estar cheio do Espírito é pecar contra ele, é entristecê-lo, é apagá-lo, é desobedecê-lo.
Em quarto lugar, a plenitude do Espírito Santo é a expressa vontade de Deus para todos os crentes. A ordem para ser cheio do Espírito Santo não é dirigida apenas aos líderes da igreja, mas a todos os crentes. Esse privilégio não é apenas para alguns. Não existem classes privilegiadas e especiais na igreja. Todos somos iguais. Todos somos santuários da habitação de Deus. Todos devemos ser cheios do Espírito Santo. A criança pode ser cheia do Espírito. João Batista foi cheio do Espírito Santo desde o ventre materno. Os jovens podem ser cheios do Espírito e se tornarem intrépidos na obra de Deus. Os anciãos podem ser cheios do Espírito e muito frutificar na velhice. Os líderes devem ser cheios do Espírito, espelhando, assim, o caráter de Cristo na sua vida e ministério.
Em quinto lugar, a plenitude do Espírito Santo deve ser uma experiência contínua na vida do crente. O verbo usado pelo apóstolo Paulo está no presente contínuo e isso significa que devemos ser cheios todos os dias. A plenitude de ontem não serve para hoje. Todo dia precisamos buscar um novo enchimento do Espírito. As vitórias de ontem não são suficientes para triunfarmos hoje. O fato de termos sido usados por Deus ontem não nos garante que seremos usados hoje. Precisamos depender de Deus todos os dias, andar com Deus todos os dias e buscar a plenitude do Espírito Santo todos os dias.

Rev. Hernandes Dias Lopes

terça-feira, outubro 24, 2006

Registros inapagáveis

Jacó (ou Israel) teve filhos de suas quatro mulheres (Lia, Raquel, Bila e Zilpa). As duas últimas eram concubinas ou esposas secundárias. O filho mais velho chamava-se Rúben e nasceu de Lia. Pouco depois da morte de Raquel, a família morou por algum tempo num lugar próximo à torre de Éder. Ali, cerca de 1.800 antes de Cristo, Jacó teve um aborrecimento maior do que a recente viuvez. Ele ficou sabendo que o primogênito — o primeiro fruto do seu vigor e o mais orgulhoso e o mais forte de seus doze filhos homens (Gn 49.3) — havia se deitado com Bila, mãe de seus irmãos Dã e Naftali (Gn 35.21-22), embora ele tenha feito tudo às escondidas.
Anos mais tarde, quando Rúben já era casado e pai de quatro filhos (Gn 46.8-9), quando a família toda já tinha 17 anos de residência no Egito (Gn 47.28) e quando Jacó estava com 147 anos, o doloroso adultério de Rúben foi trazido à tona numa reunião de família, na véspera da morte do patriarca. As três esposas ainda vivas, os doze filhos homens, a filha Diná e os netos de Jacó — todos ouviram o discurso acusatório do marido, pai e avô: “[Rúben], você subiu à cama de seu pai, ao meu leito, e o desonrou” (Gn 49.4). A situação foi bastante constrangedora para todos os presentes, especialmente para Rúben (o faltoso), Lia (mãe do faltoso), Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom (irmãos do faltoso) e Bila (a faltosa).
O mais impressionante é que o crime de Rúben saiu do âmbito familiar e foi para o grande público. Cerca de 1.300 anos depois do incidente, Esdras ou outro autor dos livros de Crônicas, escritos logo após a libertação dos exilados da Babilônia, no ano 538 a.C., registra o incesto: “[Rúben] de fato era o filho mais velho [de Israel], mas, por ter desonrado o leito de seu pai, seus direitos de filho mais velho foram dados aos filhos de José” (1 Cr 5.1).
Essa passagem bíblica no meio de muitas genealogias aparentemente desinteressantes, é muito edificante. O texto mostra que não é possível esconder para sempre e com absoluta segurança o que se faz em oculto. Mostra também que um pecado pode ser de fato perdoado por Deus, mas isso não significa que ele sai do currículo e da história do pecador. Moisés foi perdoado, Davi foi perdoado, Pedro foi perdoado. Todavia todo mundo sabe que Moisés matou o egípcio (Êx 2.11-15), que Davi adulterou com Bate-Seba (2 Sm 11.1-5) e que Pedro negou três vezes o Senhor Jesus (Mt 26.69-75).
O pecado confessado é riscado da memória divina e a certeza do perdão deve riscá-lo da memória do pecador. Porém, nem sempre o pecado é riscado da memória coletiva, da memória histórica. Os registros são inapagáveis!

Extraído do site da Revista Ultimato - http://www.ultimato.com.br.

sexta-feira, outubro 20, 2006

Teste sua espiritualidade!

É interessante descobrir que quando a Igreja Cristã do primeiro século estava debatendo se devia ou não receber uma pessoa na comunidade, seus líderes não perguntavam nada sobre credos ou doutrinas. Ao invés disto, perguntavam: Recebeu ele o Espírito?
Seria bom para o indíviduo cristão perguntar a si mesmo: "Poderia eu tornar-me membro da Igreja Primitiva?" Faça os próximos dez testes e descubra como anda a sua espiritualidade.
1. Você sente prazer nas orações?
Ou você apenas pronuncia as suas orações ? Você percebe qualquer senso da presença de Deus em resposta às suas petições?
2. Você sente prazer em fazer o que é direito?
O pecado nunca perde sua força sobre nós enquanto não começamos a odiar o pecado.
3. Está você tornando-se menos crítico das outras pessoas?
Estamos constantemente rodeados por aqueles cujas opiniões diferem das nossas. A vasta maioria deles é tão honesta quanto nós mesmos o somos, e muitos deles oram ansiosamente como nós.
4. A sua conversa é boa?
Você considera os sentimentos das outras pessoas ? Você se ressente quando descobre que magoou um amigo ?
5. Em que nível estão as suas visitas aos amigos?
Tem-se dito que todas as conversas se baseiam em
quatro níveis:
(1) conversamos sobre idéias;
(2) conversamos sobre acontecimentos e
fatos contemporâneos;
(3) conversamos sobre nossos próprios interesses, ou
(4) conversamos sobre a vida das outras pessoas. É obvio que o quarto nível é o mais baixo.
6. Qual é o diâmetro do seu interesse?
Quanto mais longe as pessoas estão de nós, mais difícil se torna para nós manter nosso interesse. A espiritualidade genuína sabe maneiras de saltar a distancia.
7. Pode você perdoar?
Nenhum indivíduo incapaz de perdoar a um vizinho que lhe fez mal encontrará a completa paz de Deus no coração.
8. Você confia em Deus ou se preocupa?
Alguns cristãos precisam de quando em quando lembrar-se que a preocupação é uma forma suave de ateísmo. Crer em Deus é mais que meramente crer que ele existe.
9. A quem se dirige o seu primeiro pensamento?
Está você ansioso porque as pessoas não o reconhecem pelo que você julga ser? Ou está você relativamente indiferente pelas suas próprias honras, porque sua mente está ocupada com os direitos alheios?
10. Você realmente encontra prazer em prestar culto a Deus com outras pessoas ?
Existe pouco valor religioso em simplesmente freqüentar a igreja. Quando, acomodado, finalmente, na casa do Senhor, deixa você todo o pensamento de orgulho honra, prestígio, direitos ou posição? Ou você se senta imaginando o que as outras pessoas estão pensando de você, sobre como os outros fracassaram em manter-se em altos padrões de conduta pessoal, e como você é realmente um "bocado" superior a eles todos?

* Autor do teste: Roy Smith

Pensamento de Wesley

"Eu não estou preocupado que o povo chamado Metodista possa alguma vez cessar de existir, quer na Europa ou América. Mas temo, a fim de que não possamos existir como uma seita morta, tendo a forma de religião, sem o poder. E isto indubitavelmente será o caso, exceto se eles mantiverem a doutrina, o espírito e a disciplina com que eles primeiro se puseram a caminho". João Wesley

quarta-feira, outubro 18, 2006

Renovação da Aliança promovida por Josias

Josias tornou-se rei aos 8 anos de idade (22:1 e 21:24). Ele não havia aprendido como seguir o Livro da Lei, pois durante o reinado de seu avô e de seu pai o costume de consultar a Deus não era observado. De acordo com 2 Reis 21:11, 17 e 21:21-22, Manassés (avô) e Amon (pai) não andaram no caminho do Senhor e fizeram o que era mau perante os olhos do Senhor.
No 18º ano de seu reinado, Josias decidiu fazer uma reforma no Templo de Jerusalém (22:5), quando foi encontrado o Livro da Lei no meio dos escombros (22:8). A expressão “o Livro da Lei” faz referência ao livro de Deuteronômio. Josias tinha 26 anos de idade quando isto aconteceu e, ao tomar conhecimento das palavras contidas no livro, decidiu renovar a aliança com Deus (23:3). Podemos tirar do texto bíblico e da experiência de Josias alguns frutos decorrentes da renovação da aliança:
a) “Tendo o rei ouvido as palavras do Livro da Lei rasgou as suas vestes” (22:11).
- Rasgar as vestes: arrependimento, reconhecimento da distancia que havia entre Josias e a Palavra de Deus é acompanhado de atitudes de arrependimento e quebramento.
- Arrependimento é a evidencia de que o rei queria viver uma nova vida fundamentada nos termos da aliança.
- Toda renovação da aliança com Deus começa com confissão de pecados e arrependimento. Sem essa atitude, será vão dizer que estamos renovando nossa aliança com Deus.

b) “Ide consultai o Senhor por mim... acerca das palavras deste livro” (22:13)
- As orientações do Livro da Lei deixaram de ser cumpridas pelo avô e pai de Josias. Agora o rei, aos 26 anos de idade, consulta a Deus para conhecer a Sua vontade e assumir os comprometimentos da aliança.
- Descobre a veracidade da Palavra de Deus: (Dt 6:1,7 e 20-25).
- Renovar a aliança é redescobrir a Palavra do Senhor. É dar prioridade a ela, buscando o crescimento que temos quando conhecemos a Palavra do Senhor.

c) “O rei se pôs de pé junto à coluna e fez aliança ante o Senhor...” (23:3)
- Josias convocou todo o povo, do menor até o maior, e leu o Livro da Lei para todos (23:1-2). Como fruto da leitura, Josias assumiu compromisso de seguir, guardar e cumprir os mandamentos, os estatutos e as palavras contidas no Livro da Aliança (23:3).
- A renovação de votos significou compromissos assumidos com os termos da Aliança.
- A renovação da aliança gera compromisso missionário, desejo de se comprometer com Deus e de que outros venham a se comprometer através do testemunho pessoal.

d) “... que tirassem do templo do Senhor todos os utensílios dedicados a Baal...” (23:4)
- Josias realizou a purificação do Templo, destruindo os deuses estranhos, os objetos consagrados como ídolos (23:4, 12) e fechando as casas da prostituição cultual (23:7)
- Restabeleceu o culto, destruindo os ídolos e imagens espalhados pelas cidades e aldeias e destituindo os sacerdotes impuros (23:5).
- O povo que estava presente em Jerusalém e que acompanhou a leitura do Livro da Lei, quando o rei renovou os compromissos com Deus, “anuiu a esta aliança” (23:3).
- Arrepender-se sem decidir por uma mudança de mente e atitude não produz fruto. É necessário produzir frutos dignos de arrependimento. Renunciar aos ídolos, buscando uma vida de santidade pessoal, sem a qual ninguém verá o Senhor.

e) “Celebrai a Páscoa do Senhor...” (23:21)
- Páscoa: recordação do livramento que Deus operou no meio do Seu povo, tirando-o da escravidão do Egito e levando-o à Terra Prometida, para louvar e servir ao Senhor em liberdade.
- Relembrar o livramento é um ato de louvor e reconhecimento do Poder de Deus e do Seu Senhorio.
- Josias celebrou a Páscoa logo após a renovação da aliança. A Páscoa era estatuto em Israel, assim como para nós é a Ceia do Senhor.
- A renovação da aliança gera compromisso com o culto a Deus, o qual expressamos diariamente através de nossa adoração individual e na vida da igreja.

Que a mesma renovação da aliança que aconteceu no tempo de Josias, possa acontecer conosco, nos fazendo aproximar mais do Senhor e de sua vontade!

Pastora Fátima (parte do estudo ministrado no Retiro de Louvor e Adoração)

terça-feira, outubro 17, 2006

Por que renovar a nossa aliança com Deus?

Aliança significa “ato ou efeito de aliar, de promover pacto, de unir, combinar, harmonizar, de ligar”. A Bíblia relata os diversos momentos onde Deus convidou seu povo a fazer uma aliança com Ele. Nesses textos Deus está sempre convidando seu povo a voltar-se para Ele, humilhar-se perante sua presença e servi-Lo com alegria.
O convite para renovar a aliança é baseado na graça de Deus. Sem ela não seria possível a renovação da nossa aliança com o Pai. No contexto bíblico, a palavra "graça" está relacionado com o favor imerecido de Deus a favor da humanidade (Rm 5.21 e 6.14).
Originalmente significa a benevolência do superior para com o inferior. "É uma qualidade do superior que "olha benevolamente, que se inclina favoravelmente”. Designa uma atitude da pessoa, favorável, aberta, que quer bem e que nutre simpatia para com a outra. " Quando se diz que "achou graça a seus olhos" - não é boa nem benevolente porque o outro o foi, mas porque assim é por atitude.
É ação que sai de dentro, é modo de ser, não é re-ação face à bondade dos outros.
A graça está por trás de todo o trabalho de Deus. É a Graça Divina que atuou na criação e providência. É pela graça que possuímos a consciência que nos capacita para distinguir o bem e o mal. Os seres humanos que rejeitam a vontade Deus estão afastados da vontade divina e deles próprios. A graça de Deus dá capacidade de responder à salvação oferecida através de Jesus Cristo.
Lutero definiu graça como “a benevolência ou o favor de Deus que ele tem em si mesmo em relação a nós, o que o leva a derramar em nós a Cristo, o Espírito com suas dádivas” (Rom 5:15). ação de Deus perfeita e própria daquele que domina sobre todo o Universo.
Falar do amor de Deus é falar da graça; falar da graça é falar em termos relacionais, da relação amorosa de Deus com a humanidade. Graça é uma iniciativa de Deus para renovar o mundo. Por isso, não é possível falar em renovação da aliança com Deus sem que compreendamos que isso só pode ser possível pela graça de Deus, que nos alcançou.

Pastora Fátima
(Palestra ministrada no Retiro de Louvor e Adoração - dia 14/10/2006 - manhã)

segunda-feira, outubro 16, 2006

Mover de Deus!


Esse final de semana estivemos no retiro de adoração e louvor, cujo tema foi "Renovando a Aliança com o Pai". No sábado, eu (Pastora Fátima) estive ministrando sobre porque devemos renovar a nossa aliança com Deus e os seus frutos. A ministração foi baseada na renovação da aliança promovida em Israel por Josias (I Re 22, 23). Não é possível falar em renovação de aliança, sem confissão de pecados e arrependimento, a partir dessa idéia trabalhamos a necessidade de abandonar as obras da carne, conforme Gl 5: 21,22. À tarde, o Pr. Jair Firme, da Igreja Monte Sião esteve ministrando sobre consciencia profética do/a ministro/a de louvor, baseado na história de Nadade e Abiu, que levaram fogo estranho diante de Deus (Lv 10.1-2 e Is 55.3). No culto à noite, o missionário David, pregou sobre a diferença de ter a presença do Espirito Santo na vida da igreja, baseado em At 2.42-46. No domingo, tivemos a conclusão da ministração sobre confissão e arrependimento, com a participação dos grupos fazendo a conclusão. Logo após a Pra. Rose Guedes, ministrou sobre os seis passos daquele/a que renova sua aliança com Deus, baseado na história de Jacó, no vale de Jaboque (Gn 32 e 33). Terminamos selando nossa aliança com a ministração da Ceia do Senhor. Foi tremendo!
Vimos Deus agir de uma maneira maravilhosa! É indescritível o que aconteceu ali! Deus nos falou de várias maneiras, usou cada ministração, trazendo uma unção nova sobre nós. Como disse o missionário David, a unção não é nova para Deus, mas para nós, que tivemos uma unção diferente do que já tinhamos visto e sentido. Saímos renovados e com a convicção de que o melhor de tudo é que Deus está conosco!
Durante a semana estaremos postando as fotos no flog: www.flogao.com.br/metodistaguarapari.
Deus os abençõe nesse dia!

Pastora Fátima

sábado, outubro 14, 2006

Povo calado, povo dominado!

Certa vez um trabalhador rural, chamado Amós, saiu de sua roça, um lugar chamado Tecoa e foi até Samaria, que era capital de seu país e começou a andar pelas ruas da cidade. À medida que percorria a cidade, percebeu a pobreza e miséria, viu a indiferença dos mais ricos. Andou um pouco mais e viu os comerciantes que procediam desonestamente, onerando os preços e roubando na balança. Viu também os juizes aceitando suborno, favorecendo os ricos e o governo festejando com o melhor do vinho, mas sem se condoer com a fome do seu povo. Também viu mulheres alcoólatras, pai e filho mantendo relações sexuais com uma mesma mulher e grandes celebrações religiosas. E ele ergueu sua voz e começou a mostrar ao povo o que estava acontecendo e que esta não era à vontade de Deus: “Poderão correr cavalos na rocha? E lavrá-la com bois? No entanto, haveis tornado o juízo em veneno e o fruto da justiça, em alosna”. Em pouco tempo, Amós foi advertido e acusado de conspirador, possivelmente após ter cumprido sua missão tenha voltado para sua roça. Esta história está na Bíblia, no livro que levou o nome deste homem do campo, Amós.
O que Amós viu não é muito diferente do que temos visto em nossa sociedade. Mas o que chama atenção na história de Amós, é que ele era uma pessoa simples, um homem do campo, que não se acomodou, não se calou. É comum a referência ao povo brasileiro como um “povo sem memória” ou “acomodado”. É verdade também que a desigualdade social traz apatia. Mas é hora do povo brasileiro se levantar. Quando a maioria silencia, uma minoria toma decisões e fala em nome da maioria silenciosa.
Amós anunciou a vontade de Deus. Como na época do profeta, Deus não compartilha com a injustiça, com a omissão de nossos governantes que provocam pobreza e miséria, com a impunidade, com os mensalões e tantos outros escândalos que temos visto nos últimos meses. Está chegando mais uma vez a hora de votar. É preciso pensar bem e clamar ao Senhor! A Palavra de Deus para nós hoje é: “Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e, assim, o Senhor, o Deus dos Exércitos, estará convosco, como dizeis” (Amós 5.14).
Pastora Fátima

quinta-feira, outubro 12, 2006

Rede de Proteção

Uma rede de proteção à criança precisa ser formada por todos os segmentos da sociedade. A própria lei nos lembra disso:“É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”(Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Nº 8.069, Art. 3º).
Cada pedaço de corda que forma essa rede precisa desempenhar sua função. Quando um segmento não funciona, é como se uma das cordas apodrecesse, enfraquecendo a rede. Assim, os elementos que formam uma rede de proteção à criança são:
Igreja:É a referência de comunidade e comunhão. Quando ativa, a igreja nos mantém no foco correto quanto ao cuidado da criança e do adolescente em risco. Na igreja, a criança pode descobrir a vida planejada por Deus para ela.
Família:É a célula principal da sociedade. É na família que a criança é moldada, pois apresenta os primeiros modelos de vida. Cabe à família cuidar da criança, protegendo-a e lutando pela sua dignidade.
Escola:Tem o papel essencial de ensinar a criança sobre o mundo e estimulá-la a desenvolver suas capacidades.
Estado:Tem a obrigação de proporcionar um ambiente em que os direitos e deveres da criança sejam respeitados.
Organizações da sociedade civil:Braço direito das autoridades. Ajudam a levar e cobrar dignidade às crianças discriminadas pela sociedade e desprovidas de seus direitos e deveres.
Amigos e vizinhança:Compõem a rede de proteção pessoal da criança. São fundamentais para o seu crescimento sadio.

Extraído do site da Revista Mãos Dadas: www.maosdadas.net

Solidariedade de Criança

O escritor e conferencista Leo Buscaglia contou uma vez sobre uma situação que teve de julgar. O objetivo do teste era encontrar a criança mais carinhosa. A vencedora foi uma criança de quatro anos que tinha como vizinho um senhor mais velho que, naqueles dias, havia perdido a esposa. Vendo o senhor chorar, o garotinho foi até o quintal do vizinho e sentou-se no seu colo. Quando a mãe da criança perguntou o que ele tinha dito ao vizinho, o garotinho respondeu: “Nada, eu só o ajudei a chorar.”

Essa é a introdução do artigo "O que a Bíblia diz sobre o sofrimento das crianças", se você quiser o artigo, clique em www.maosdadas.net.

quarta-feira, outubro 11, 2006

Espinho na Carne

Reflita sobre o texto abaixo. É uma breve meditação que preguei no ofício funebre da d. Djanira, mãe da nossa irmã Solange, no dia 10/10/2006:

E, para que me não exaltasse demais pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne... acerca do qual três vezes roguei ao Senhor que o afastasse de mim; e ele me disse: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. (2 Co 12.7-10).
Como dói quando um espinho penetra em nossa pele! Fazemos de tudo para retirá-lo, porque sentimos o incomodo, por menor que seja, não é possível não perceber a sua presença. O espinho em nossa pele lembra da nossa fragilidade.
Paulo talvez estivesse passando por uma grave enfermidade que não permitia que se empolgasse demais com toda a experiência que estava tendo com Deus.
Como aquela enfermidade para Paulo, a perda de um ente querido é como um espinho na carne. Queremos esquecer, mas não conseguimos. Queremos não pensar, não imaginar, não lembrar, mas não é possível. Dói, lateja. Mesmo depois de retirado, a marca do espinho permanece. Da mesma maneira acontece conosco quando perdemos alguém que amamos, fica o vazio na vida da família.
Paulo era um homem de oração. Ele orou pedindo que Deus retirasse aquele espinho, encravado em sua carne. Não queria conviver com a dor, como qualquer ser humano! A Bíblia diz que Deus fazia milagres extraordinários pelas mãos de Paulo: “a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam de suas vitimas, e os espíritos malignos se retiravam” At 19.12. Mas a esta oração, Deus não respondeu favoravelmente! A resposta de Deus para Paulo foi: “a minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza”.
A lógica de Deus é diferente da lógica humana, porque seus pensamentos são mais altos que os nossos pensamentos, quando estamos fracos, vulneráveis, frágeis, é que estamos sendo aperfeiçoados por Deus.
Na morte, o cristão encontra a ressurreição. Na perda, na dor, encontramos o consolo do Espírito Santo, que consola os abatidos. Na morte do outro, eu vejo minha fragilidade e vendo minha fragilidade, encontro forças em Deus, e assim sou purificado da soberba, do orgulho, da prepotência, me tornando mais dependente de Deus!
Um bom dia! Que Deus lhe abençõe!
Pastora Fátima

terça-feira, outubro 10, 2006

Chamados para sermos luz

Durante a primeira fase do 18º Concílio Geral, em julho, um rapaz de cabelos compridos e negros subiu ao palanque do auditório do Sesc-Aracruz (Espírito Santo) e disse as seguintes palavras: “As pessoas precisam conversar. A gente faz isso na aldeia também. Discutimos projetos e falamos de espiritualidade. Porque é importante o respeito e o carinho”. Quem deu esse significativo testemunho tem um nome que revela intenso brilho: “Werá Djekupé”, que poderia ser traduzido, literalmente, para “guardião do relâmpago”. O povo metodista reunido em Aracruz e chamado por Jesus para ser “luz do mundo” ouviu esse depoimento em respeitoso silêncio.
Werá Djekupé, que também se chama Marcelo Oliveira da Silva, é o cacique de três aldeias guarani: Três Palmeiras, Boa Esperança e Piraquê-Açu, localizadas na região de Aracruz. Ele conta que os guaranis sobrevivem da agricultura de subsistência e da venda de artesanato para turistas que visitam as praias do Espírito Santo no verão. “Apesar de sermos um povo simples, acreditamos que Nhanderu, nosso Pai Criador, está em nossa aldeia, pois Deus procura aqueles que mais precisam dele”, testemunha o cacique Marcelo.
Certamente os guaranis têm sentido, em sua história, a necessidade da proteção divina e da solidariedade humana. Eles vivem em situação de permanente conflito com a empresa Aracruz Celulose por demarcação e posse de terras. E a Igreja Metodista, por intermédio da Pastoral de Convivência Guarani, da 4ª Região, sob coordenação do pastor Adahyr Cruz, tem procurado dar apoio às necessidades materiais e espirituais das comunidades indígenas da região.
No dia 15 de setembro, o pastor Adahyr esteve na Assembléia Legislativa de Vitória em manifestação de repúdio a uma campanha que a Aracruz tem feito, junto à opinião pública, contra as comunidades indígenas do Espírito Santo. Uma cartilha distribuída pela empresa na região (e também por meio do site www.aracruz.com.br) afirma que a área em disputa nunca foi habitada por índios. E o texto refere-se a eles como “supostos índios”. Na Assembléia Legislativa, o pastor Adahyr leu uma carta na qual denuncia a Aracruz por “campanha difamatória” e racismo (o texto está disponível no arquivo do site http://www.metodista.org.br/). Após a manifestação, o Ministério Público Federal do Espírito Santo resolveu instaurar um inquérito civil público para averiguar as informações divulgadas pela Aracruz.“A posição da Aracruz Celulose demonstra não só desrespeito com a história, com a memória e a cultura do povo capixaba, mas também que esta empresa não tem escrúpulos quando se trata de garantir seus interesses, às custas da miséria e da destruição dos povos tradicionais e do meio ambiente. Campanhas milionárias financiadas por esta empresa vêm escamoteando os impactos gerados pela monocultura de eucalipto no Brasil e expondo os povos tradicionais desta terra a humilhações inomináveis”, afirma o manifesto divulgado pelo pastor Adahyr, representando uma igreja que busca responder ao chamado de Jesus para ser um brilho intenso – “werá” – resplandecendo no mundo.
Notícia extraída do site www.metodista.org.br

Altar de Pedra

Após dormir sobre a pedra, mas encontrar a escada como aproximação dos céus até ele, Jacó precisa dar uma resposta a Deus.
Não se pode continuar infinitamente olhando para sua dor, ou visualizando a escada sem passar por ela, era necessário tomar uma resolução. E Jacó decidiu: tomou a pedra que antes era seu travesseiro e transformou-a em altar ao Senhor.
Todo erro, toda ação irrefletida do ser humano gera tristeza. E esta pode ser motivo para morte ou para vida, a Palavra de Deus afirma: “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, o qual não traz pesar; mas a tristeza do mundo opera a morte.” II Co 7:10.
Após refletir sobre nossos atos, nos damos conta de quem somos e então Deus nos mostra a escada para ver como precisamos dele. Quando sentimos sua presença, é um prenúncio do que viveremos com Ele. E então é possível tomar a melhor e mais acertada decisão: erguer um altar ao Senhor.
A pedra agora não é mais travesseiro, não é mais escada, mas transforma-se em altar, cheio do azeite da unção.
Altar é lugar de renúncia, de pacto, de reconhecimento de que Deus é Deus, e não existe outro. Ele é a Rocha, a nossa Salvação.
A experiência autêntica, verdadeira, nos leva a erguer um altar ao Senhor. A vida estará a serviço do testemunho, da missão, do serviço a Deus e ao próximo. Erguer o altar é sair da contemplação e caminhar para a Missão de Deus em nossa vida.
Que nesse dia você possa tomar a decisão de erguer seu altar ao Senhor! Que Deus lhe abençõe!
Pastora Fátima

segunda-feira, outubro 09, 2006

A Escada de Pedra

Mas Jacó conseguiu dormir! E então teve uma visão: sonhou com uma escada. No sonho de Jacó, a escada saia do solo indo em direção do céu e os anjos subiam e desciam nela.
Ali na Jacó reconheceu que era a porta dos Céus!
Jacó sofrendo com sua solidão e dor provocada pelos seus erros, encontra-se frente a frente com a presença de Deus.
A escada nos lembra que alguém pode subir, mas alguém também pode descer.
Deus está mais próximo de Jacó do que ele pensava. Da mesma forma, Deus está presente nas situações mais intranqüilas da nossa vida, em meio a nossa aflição, os céus de Deus estão abertos. Mostrando novas possibilidades. Não estão fechados, estão abertos!
Existe um caminho ao céu: a escada que conduz ao Pai: é Jesus Cristo. Ele se humilhou, baixou a terra para nos fazer subir em direção ao Pai. Ele desceu aos seres humanos, para que os seres humanos, subissem a Deus. Aproximassem de Deus.
A escada, feita de pedra, era o elo de ligação entre Jacó e o Senhor.
É Deus que providencia o recurso, o meio para a aproximação do ser humano. Deus não nos deixa sem saída. Ao contrário, quando teimamos a olhar pro solo, Deus nos mostra um caminho novo, a porta dos céus, que propicia a restauração do nosso ser.
Continuamos amanhã. Que você tenha um dia abençoado na presença do Pai!
Pastora Fátima

domingo, outubro 08, 2006

O Travesseiro de Pedra

Você conhece um homem cuja vida esteve nas mãos das pedras?
A Bíblia conta a história desse homem. Seu nome era Jacó (Genesis 28:10-18). Um homem perturbado, que deixara para trás o pai quase a morte, a quem havia enganado. Deixou uma mãe, cheia de conflitos, que o havia ajudado a enganar o pai. Deixou também um irmão que estava furioso com a sua ação de ter a todo custo a benção da primogenitura.
Em sua fuga, encontrou um lugar aonde dormiu e sonhou.
Teve uma visão com uma escada com certeza era feita de pedras, seu travesseiro foi uma pedra e a coluna ou altar que erigiu a Deus era de pedra.
A pedra foi instrumento de Deus na vida de Jacó. E pode ser instrumento para nossas vidas! Veja como:
O travesseiro de pedra
Alguns gostam de travesseiros baixos outros gostam de travesseiros altos. Algumas pessoas até dormem sem ele. Mas a maioria de nós, prefere um bom e confortável travesseiro, macio, onde podemos afundar o rosto e dormir tranqüilamente.
O travesseiro de Jacó não era nada macio, nem confortável. Mas Jacó precisava descansar, o sol já havia se posto, então tomou uma das pedras e a fez de travesseiro (v. 11).
Dormir sobre aquela pedra era o que restava a Jacó. A pedra representava naquele momento a dureza da vida, o seu amargor. Como conseqüência dos atos injustos de Jacó.
Diversas vezes, Deus permite que as conseqüências dos nossos atos estejam bem diante de nós. São instrumentos de Deus para nos ensinar o arrependimento.
As “pedras” que encontramos em nossos caminhos podem nos mostrar a realidade do pecado e suas terríveis conseqüências. Em muitos momentos abandonamos a vontade de Deus e seguimos o caminho mais fácil. E então Deus precisa colocar nossas cabeças sobre uma pedra, para que ali possamos refletir e assim prepara o caminho para uma total restauração em nossas vidas.

Continua amanhã', ok?

Pastora Fátima

sábado, outubro 07, 2006

Hoje!!!

Hoje à noite, estaremos celebrando a Vigília Nacional pelas Crianças. Falamos em mudanças na sociedade, fim da violência e da insegurança, mas enquanto nossas crianças estiverem delegadas no último plano seja nos programas de governo ou nos planejamentos de nossas igrejas, toda a estrutura social permanecerá comprometida.
É na infância que semeamos o futuro de um país. Invista seu tempo em oração em favor de nossas crianças e apoie iniciativas que possam minimizar o sofrimento de nossas crianças.

É nos teus olhos criança que me denuncio,
se te respeito sem receio de errar,
se tenho zelo e apresso teu andar,
se há afeto no meu jeito de falar,
se é concreto meu carinho, meu amar.
É nos teus olhos criança que me enxergo mais de perto
e me perturbo da minha impotência que me renova da quase falência que penso estar.
É por teus olhos criança que quero ir adiante, correndo,
gritando com um berrante sem esquecer que é diamante perfeito e belo o sorriso do teu olhar e por isso não posso abandonar o meu porto
nem esmorecer quando a luz parecer apagar.
Não, eu não posso desistir da corrida
e mesmo quando ferida ou cansada eu não posso parar.
Sei que é longa a caminhada
e que no caminho pedregoso os meus pés se machucam.
Mas também sei que mesmo ferida é possivel continuar
pois vale a pena esperar o dia em que verei nos teus olhos a esperança desabrochar.

(Poesia extraída do site www.maosdadas.net)

SURPRESAS - Parte III

A terceira surpresa que encontramos nas tribulações é que recebemos a marca de Cristo, nos conformando com Ele em seu sofrimento.
Paulo escreve num ambiente onde estava sendo traído pelo seus próprios irmão, sentia-se cortado e ferido. Escrevia a uma igreja que apesar de ter sido fundada por ele, não mais o queria. Descobre então que as marcas de Jesus estavam imprensas em sua vida para sempre: tanto da sua vida quanto de sua agonia.
Quando sofremos, não como ladrão ou malfeitor, mas por que estamos expostos a perigos e dores, podemos descobrir a agonia de Cristo, nos tornamos assim solidários ao seu sofrimento, mas também experimentamos que o Jesus Vivo está presente, sua vida está em nós.
Aquele/a que entrega sua vida a cristo está marcado eternamente pela sua vida, mas também por sua agonia.
Quando você estiver em dias de tribulações, lembre-se de que estas surpresas podem lhe dar uma confiança muito maior em Deus, do que em tempo de alegria e festa!

sexta-feira, outubro 06, 2006

SUPRESAS! Parte 2

A segunda surpresa que encontramos nas tribulações é a:
Capacidade que Deus coloca em nós para lutarmos.
Paulo usa palavras, nos versos 8 a 9, retiradas do vocabulário das lutas atléticas. Um atleta romano não abandonava a luta, ou lutava para ganhar ou morreria. No filme Gladiador, vemos isto.
São palavras fortes! De um lado temos: atribulados por todos os lados, colocados em extrema dificuldades, perseguidos, prostrados em terra. Mas do outro, tem a certeza de não somos esmagados, nem vencidos pelos impasses, nem abandonado e muito menos aniquilados. Paulo deve ter assistido as lutas romanas e ao escrever traz a memória o estado em que os lutadores saiam do estádio, resistindo até o fim.
Deus nos dá condições de lutarmos, não com as armas do pecado ou da maldade. Mas o seu Espírito nos dá discernimento para lutarmos e não sermos esmagados ou aniquilados, não nos deixa sentir abandonados e nem vencidos pelo impasse.
Esta é uma surpresa que só podemos sentir quando tudo passou e percebemos que estamos vivos, a vida nos foi restituída e, então, que podemos celebrar ao Senhor, que não nos deixa só!

quinta-feira, outubro 05, 2006

SURPRESAS!!!

Na semana passada, fomos surpreendidos com a queda do avião da Gol. Centenas de famílias desesperadas, em busca de notícias, dor e luto. Isso nos faz pensar em quantas surpresas a vida nos reserva. Algumas são boas, outras são más. Mas, pode haver algo nas tribulações que nos surpreenda, além do fato que nos trouxe a aflição? Paulo, o apóstolo, achava que sim. Por isso, ao escrever aos coríntios revela três surpresas que encontramos no sofrimento:
Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não da nossa parte. Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados;perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossos corpos; 2 Co 4.7-10
A primeira surpresa que encontramos é que a força de Deus contrasta com a fraqueza humana :
O tema da força de Deus em contraposição a fraqueza humana é encontrado muitas vezes nos escritos do apostolo Paulo. Um dos textos mais conhecidos sobre a o poder de Deus em contraste com nossa força está em Fp 4:13: “Tudo posso naquele que me fortalece”. Paulo relembra o relato da criação, somos pó (poeira, terra, argila, barro), afirma que somos como vasos de argila, que podem ser quebrados facilmente e deixar transparecer o que está dentro de nós. Relembra quem somos, de onde viemos e quem é Deus. Ao falar do poder de Deus usa a palavra excelência (que somente aparece três vezes no NT), que significa superioridade, suficiente, preeminência.
Por que podemos considerar esta uma das surpresas da tribulação? Será que não nos parece tão claro que Deus é superior a nós? Infelizmente, muitas vezes Deus precisa nos lembrar que Ele sabe mais do que nós, que pode mais do que qualquer governo, metereologista ou analista econômico.
O barro quebra-se com facilidade, ao quebrar deixa a mostra o que tem dentro. O que temos dentro de nós? A vida de Cristo está presente? Quando o sofrimento nos quebra o bom perfume de Cristo transparece? Ou aparece o mau cheiro da raiva, do ódio, da vingança, da injustiça, do mal?
Você pode pensar sobre isso no dia de hoje? Amanhã, continuaremos com a segunda surpresa que encontramos nas tribulações. Até lá e fiquem na paz do Senhor!

terça-feira, outubro 03, 2006

Chamado de Deus

A vocação, entendida como chamado de Deus, tem dois momentos. O chamado é identificado pessoalmente e é confirmado pela comunidade de fé... Esse chamado necessita de um carisma pastoral. O carisma qualifica os dons da pessoa como enraizados na graça de Deus e caracterizados pela graça de Deus. A formação teológico-pastoral aprofunda conhecimentos, ensina prática e cria compreensões além do horizonte inicial da pessoa vocacionada. Ela ajuda a desenvolver o carisma, mas não o substitui. O carisma faz do conhecimento e da compreensão um meio de graça exercido pelo amor.
A ordenação é a autorização eclesiástica para desempenhar a vocação. Ela sinaliza que a igreja reconhece a vocação pastoral, o carisma pastoral e a formação teológico-pastoral como suficientes para exercer o ministério pastoral.
Extraído: Vocação Pastoral em Debate - Organizador: Helmut Renders, p. 6, EDITEO
A foto foi tirada na Igreja Metodista em S. Conrado, no Culto de Comissionamento dos Missionários David, Fátima e Stuart, dia 30 de setembro.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Colunas Quebradas

Essa foto é da mesa do altar nesse final de semana.
Essa ornamentação me fez pensar sobre a graça de Deus.
As folhagens estão saindo de um vaso que foi reaproveitado de uma coluna quebrada. A coluna quebrada transformou-se em uma peça útil e bonita.
É desta forma que Deus faz conosco. O que éramos quando encontramos o Senhor? Estavamos sem vida, perdidos, confusos, outros estavam desesperados e aflitos, presos no pecado e destituidos da glória de Deus. Eramos "colunas quebradas". Mas Deus nos achou e nos restaurou nossas vidas! Nos transformou e nos faz vaso úteis para espalhar a beleza do Seu amor.
Grande é o Senhor e sua graça não tem fim!
E por falar nisso: parabéns as irmãs Dores, Alessandra e Argentina. Vocês são dez!!!

sábado, setembro 30, 2006

A mulher na casa de Simão

Lucas conta acerca de um jantar que Jesus participou, na casa de um fariseu chamado Simão. Algo inesperado aconteceu: uma mulher, considerada pecadora, entra na casa de Simão e, se joga aos pés de Jesus chorando. Suas lágrimas lavam os pés de Jesus. Usa seus cabelos para enxugá-los. Depois derrama óleo sobre os pés de Jesus. Segundo os padrões de conduta da sociedade da época, a ação daquela mulher era completamente imprópria. Sendo pecadora, aquela mulher deveria conhecer o lugar destinado a ela: excluida da comunhão das "pessoas santas". Mas, Jesus não rejeita sua ação. Ao contrário, afirma que sua atitude é consequência de sua gratidão.
Aquela mulher ciente de seu passado, reconhecia o amor de Jesus e seu perdão. Sua gratidão transformou-se em ato de adoração: "aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama". Ela sabia o quanto Deus a havia perdoado! Por isso, seu amor a Jesus, a fez quebrar convenções sociais, humilhar-se aos Seus pés e adorá-Lo.
Eu e você temos consciência do quanto fomos perdoados? Somos agradecidos por esse perdão? Já nos perguntamos onde estaríamos sem a presença de Jesus em nossa vida?
Essa reflexão deve nos levar à uma verdadeira adoração a Jesus. Nossa adoração a Jesus nos levará a atos que podem não ser compreendidos pela pessoas, mas que certamente tocarão o coração de Deus.
Que Deus abençõe seu dia!
Pastora Fátima

sexta-feira, setembro 29, 2006

As Eleições e a Fábula de Jotão

A Fábula de Jotão
Esta fábula é proferida por Jotão, filho mais novo de Gideão, que conseguiu escapar da morte, pois escondera-se do irmão mais velho, Abimeleque. Era o período dos Juízes, ou seja, período conhecido como Tribal. Depois de vários anos de liberdade o povo constituiu um sistema de governo que era democrático e atendia as necessidades das tribos. Era uma aliança entre as tribos de Israel que viviam na Terra Prometida. Se surgisse algum tipo de necessidade, homens ou mulheres eram vocacionados e chamados de juízes para defender a liberdade e bem estar do povo. Entre eles estava Gideão, que recebeu a proposta de ser rei, mas recusou (8:23-24). Para Gideão, Deus deveria continuar reinando sobre o povo.
Passados alguns anos, Abimeleque, filho mais velho de Gideão com uma concubina, procura os anciãos e faz uma proposta ideológica: ser governado por 70 descendentes de Gideão ou por um só? - Jz 9:2. O povo preferiu ser governado por um só, em vez de analisar a proposta de governo, analisar as motivações de Abimeleque ou procurar outros candidatos para ver quem tinha a melhor proposta e a intenção de cumprir com as promessas de campanha. Talvez aqueles que tinham condições de assumir o governo preferiram se omitir, a ter que enfrentar as responsabilidades de defender os direitos do povo. Haveriam de pagar um alto preço. Depois do acordo Abimeleque foi e matou todos os irmãos (9:5), só Jotão escapou. Com os recursos da aliança (impostos) Abimeleque contratou homens desocupados, levianos, violentos, na verdade, bandidos (9:4). O projeto político de Abimeleque não contemplava o povo, era um projeto ideológico, individualista, opressor e violento. Alguém precisa reagir pois o povo e os anciãos estão apoiando este projeto.
Jotão, o filho menor de Gideão, recebe informações e reage contando a fábula das árvores. A fábula de Jotão denuncia a atitude do povo e das lideranças tribais: na falta de boas propostas a do espinheiro é a melhor. O espinheiro só produz espinhos, não produz mais nada de bom.
Conclusão: esta história é um convite aos metodistas eleitores de hoje para que analisem as propostas, os candidatos e observem os frutos que produzem. A omissão ou pouco caso sobre as eleições pode promover um espinheiro em vez de oliveira, da figueira ou da videira. Nosso Credo Social ensina o seguinte: "A Igreja Metodista não identifica o cristianismo com nenhum sistema político-social-econômico. Julgamos o conteúdo e os métodos de qualquer sistema, segundo o Evangelho, de acordo com o espírito do ensino de Jesus ". Diante disso fica evidente que a Igreja tem a mais plena liberdade sobre qualquer ordem estabelecida e que sua responsabilidade é o julgamento.
Os Bispos afirmam: " Como cristão metodistas, somos chamados a servir à nação brasileira através de nossa participação ativa na construção de uma sociedade democrática...". Neste sentido, todos devemos participar conscientemente, votando para todos os cargos e não agir como as árvores da fábula de Jotão.
Na Carta Pastoral sobre as Eleições de 1998 encontram-se várias orientações. Recomendamos sua leitura e estudo.
Bispo Josué Adam Lazier