quinta-feira, novembro 23, 2006

25 de novembro – Dia Mundial de Luta Contra a Violência a Mulher

O Dia 25 de Novembro será marcado por mobilizações no mundo inteiro, por ser considerado o Dia Nacional da Não-violência contra a Mulher. Os movimentos feministas estão promovendo diversas atividades pelo país, não só nesse dia, mas ao longo de toda a semana.
Nacionalmente, a AGENDE - Ações em Gênero, Cidadania e Desenvolvimento começou a mobilização no dia 20, Dia da Consciência Negra. Com o slogan “Uma vida sem violência é um direito das mulheres”.
A campanha conta com o engajamento de 27 redes e articulações nacionais de Mulheres e de Direitos Humanos, seis parcerias do Congresso Nacional, seis agências das Nações Unidas, 11 órgãos governamentais e empresas estatais e as atividades se estendem até o dia 10 de dezembro.
As atividades articuladas pela Agende vão durar por 16 dias, e integra a campanha mundial do Center for Women´s Global Leadership (Centro para a Liderança Global das Mulheres), cujo lema deste ano é “Pela saúde das mulheres, pela saúde do mundo, basta de violência”.
O UNIFEM - Fundo das Nações Unidas para a mulher, denunciou em seu relatório anual que a violência de gênero provoca mais mortes em mulheres entre 15 e 44 anos que o câncer.
Entre alguns dos atos agressivos contra elas se encontra a mutilação genital, uma prática cirúrgica que se realiza em cerca de 28 países da África e Médio Oriente, que se estendeu até a imigração na Europa e constitui mais uma forma de controle social e opressão feminina.
Segundo o UNIFEM, a mutilação genital feminina afeta mais de 135 milhões de mulheres no mundo: dois milhões de meninas são mutiladas por ano. Pela tradição, o objetivo principal da mutilação é marcar a passagem da infância para o estado adulto das mulheres, mas ela é praticada também em meninas de 4 a 12 anos de idade. Também se conhecem casos de mutilação em recém nascidos e mulheres jovens a ponto de se casarem.
No Brasil a mutilação genital não é uma tradição, mas existem muitas outras formas de violência. Os registros das delegacias brasileiras demonstram que 70% dos incidentes ocorrem dentro de casa e que o agressor é o próprio marido ou parceiro. (fonte: www.cemina.org.br)

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