quarta-feira, outubro 11, 2006

Espinho na Carne

Reflita sobre o texto abaixo. É uma breve meditação que preguei no ofício funebre da d. Djanira, mãe da nossa irmã Solange, no dia 10/10/2006:

E, para que me não exaltasse demais pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne... acerca do qual três vezes roguei ao Senhor que o afastasse de mim; e ele me disse: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. (2 Co 12.7-10).
Como dói quando um espinho penetra em nossa pele! Fazemos de tudo para retirá-lo, porque sentimos o incomodo, por menor que seja, não é possível não perceber a sua presença. O espinho em nossa pele lembra da nossa fragilidade.
Paulo talvez estivesse passando por uma grave enfermidade que não permitia que se empolgasse demais com toda a experiência que estava tendo com Deus.
Como aquela enfermidade para Paulo, a perda de um ente querido é como um espinho na carne. Queremos esquecer, mas não conseguimos. Queremos não pensar, não imaginar, não lembrar, mas não é possível. Dói, lateja. Mesmo depois de retirado, a marca do espinho permanece. Da mesma maneira acontece conosco quando perdemos alguém que amamos, fica o vazio na vida da família.
Paulo era um homem de oração. Ele orou pedindo que Deus retirasse aquele espinho, encravado em sua carne. Não queria conviver com a dor, como qualquer ser humano! A Bíblia diz que Deus fazia milagres extraordinários pelas mãos de Paulo: “a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam de suas vitimas, e os espíritos malignos se retiravam” At 19.12. Mas a esta oração, Deus não respondeu favoravelmente! A resposta de Deus para Paulo foi: “a minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza”.
A lógica de Deus é diferente da lógica humana, porque seus pensamentos são mais altos que os nossos pensamentos, quando estamos fracos, vulneráveis, frágeis, é que estamos sendo aperfeiçoados por Deus.
Na morte, o cristão encontra a ressurreição. Na perda, na dor, encontramos o consolo do Espírito Santo, que consola os abatidos. Na morte do outro, eu vejo minha fragilidade e vendo minha fragilidade, encontro forças em Deus, e assim sou purificado da soberba, do orgulho, da prepotência, me tornando mais dependente de Deus!
Um bom dia! Que Deus lhe abençõe!
Pastora Fátima

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