sábado, outubro 28, 2006

Consciência social

Não são problemas pessoais nem familiares que afligem o profeta Habacuque e o leva à oração. Ele não fala em “minha queixa”, “minha desgraça”, “minha aflição”, “meu fracasso”, “meu gemer”, “meu inimigo”, como a maior parte dos salmos.
Em suas orações, Habacuque está preocupado com os problemas que afligem as nações e a sociedade em geral:
“Por que me fazes ver a injustiça, e contemplar a maldade? A destruição e a violência estão diante de mim; há luta e conflito por todo lado. Por isso a lei se enfraquece e a justiça nunca prevalece” (1.3,4).
“Os ímpios prejudicam os justos, e assim a justiça é pervertida” (1.4).
“Por que ficas calado enquanto os ímpios devoram os que são mais justos que eles?” (1.13). “Tornaste os homens como peixes do mar, como animais, que não são governados por ninguém” (1.14).
Essa modalidade rara de oração agrada a Deus, exercita a fraternidade e o altruísmo e ainda massacra o individualismo e o egoísmo.
Orarei contra os meus pecados e também contra os pecados da sociedade!

Retirado de Refeições Diárias com os Profetas Menores (Editora Ultimato, 2004).

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