quarta-feira, outubro 25, 2006

Plenitude do Espírito

Ser cheio do Espírito Santo não é uma opção, é uma ordem. Não ser cheio do Espírito Santo é uma desobediência a um mandamento divino. Muitos crentes têm o Espírito Santo, mas não estão cheios dele. Uma coisa é ser habitado pelo Espírito, outra é transbordar do Espírito. Uma coisa é ter o Espírito residente, outra é tê-lo presidente. A expressa vontade de Deus para você é uma vida abundante, produzida pela plenitude do Espírito. O apóstolo Paulo, escrevendo sua Carta aos Efésios (5:18) fala desse glorioso tema.
Destacamos algumas lições:
Em primeiro lugar, a plenitude do Espírito tem uma semelhança superficial com a embriaguez. A ordem divina é: “Não vos embriagueis com o vinho no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). Uma pessoa embriagada está sob o poder do álcool. Ela fala e age sob a influência do álcool. Ela perde a inibição e se torna ousada quando está cheia do álcool. Assim, o indivíduo cheio do Espírito também fala e age sob a influência do Espírito. Ele é governado pelo Espírito.
Em segundo lugar, a plenitude do Espírito tem um contraste profundo com a embriaguez. O álcool é um depressivo e não um estimulante. Ele é um ladrão de cérebro e não um tônico para a mente. O álcool induz a uma vida dissoluta. Mas o Espírito traz discernimento, sabedoria, graça e santidade. Se uma pessoa bêbada perde o controle de si mesma, o fruto do Espírito é domínio próprio.
Em terceiro lugar, a plenitude do Espírito Santo é um mandamento e não uma opção. O apóstolo Paulo dá uma ordem expressa: “Enchei-vos...”. É a expressa vontade Deus que você seja cheio do Espírito Santo. Ele não apenas quer que você seja cheio do Espírito, mas ordena você a sê-lo. Paulo condenou a embriaguez e também a ausência da plenitude do Espírito Santo. Não ser cheio do Espírito Santo é um pecado, um ato de desobediência a um mandamento de Deus. Como crentes em Cristo não podemos nos acomodar a uma vida infrutífera. Se não estivermos cheios do Espírito Santo estaremos cheios de nós mesmos ou até mesmo cheios de pecado. Não estar cheio do Espírito é pecar contra ele, é entristecê-lo, é apagá-lo, é desobedecê-lo.
Em quarto lugar, a plenitude do Espírito Santo é a expressa vontade de Deus para todos os crentes. A ordem para ser cheio do Espírito Santo não é dirigida apenas aos líderes da igreja, mas a todos os crentes. Esse privilégio não é apenas para alguns. Não existem classes privilegiadas e especiais na igreja. Todos somos iguais. Todos somos santuários da habitação de Deus. Todos devemos ser cheios do Espírito Santo. A criança pode ser cheia do Espírito. João Batista foi cheio do Espírito Santo desde o ventre materno. Os jovens podem ser cheios do Espírito e se tornarem intrépidos na obra de Deus. Os anciãos podem ser cheios do Espírito e muito frutificar na velhice. Os líderes devem ser cheios do Espírito, espelhando, assim, o caráter de Cristo na sua vida e ministério.
Em quinto lugar, a plenitude do Espírito Santo deve ser uma experiência contínua na vida do crente. O verbo usado pelo apóstolo Paulo está no presente contínuo e isso significa que devemos ser cheios todos os dias. A plenitude de ontem não serve para hoje. Todo dia precisamos buscar um novo enchimento do Espírito. As vitórias de ontem não são suficientes para triunfarmos hoje. O fato de termos sido usados por Deus ontem não nos garante que seremos usados hoje. Precisamos depender de Deus todos os dias, andar com Deus todos os dias e buscar a plenitude do Espírito Santo todos os dias.

Rev. Hernandes Dias Lopes

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