terça-feira, setembro 19, 2006

Pastora Fátima testemunha sobre sua vocação

“Cada candidato/a ao pastorado deve dizer seu nome e a igreja de origem”, esta foi a orientação do Bispo Josué A. Lazier, no 35º Concílio Regional, àqueles/as que seriam eleitos/as ao pastorado e, no dia seguinte, consagrados/as. Ali estava eu. Ao chegar minha vez, disse: “Maria de Fátima de Oliveira Souza David. Minha igreja de origem é a Igreja Metodista no Bairro São Mateus, em Juiz de Fora”. Esta expressão “igreja de origem”, trouxe-me a memória histórias, sentimentos, pessoas, lembranças alegres e também tristes mas, sobretudo, um retorno a um tempo que foi de grande importância em minha caminhada cristã.
Num tempo em que a Igreja Metodista no Bairro São Mateus ainda reunia-se num barracão nos fundos de um terreno, aprendi os primeiros ensinamentos acerca da Palavra de Deus. Nos retiros de Carnaval (dormindo no chão, com chuveiro coletivo e com escalas de limpeza), vivi momentos de intenso júbilo na presença do Senhor, aprendendo a relacionar com Deus e com as pessoas. Foi na Sociedade de Juvenís, que iniciei minha caminhada na liderança cristã. Foi nesta mesma igreja que vivi intensas crises e conflitos. Mas ali também reencontrei-me com Deus após tê-lo deixado por nove anos.
Após este reencontro, surpreendi-me com o fato de que o chamado de Deus para o ministério pastoral, sentido ainda na adolescência, após tantos anos, estava presente em minha mente e coração.
Minha caminhada ministerial foi retomada, quando aceitei o convite dos pastores Ramon e Marisa (hoje, episcopisa) para ajudar na congregação metodista no bairro Dom Bosco. Logo em seguida iniciei o CFTP (Curso de Formação Teológico Pastoral). Em janeiro de 1997, recebi minha primeira nomeação pastoral e com grande alegria, tornei-me a primeira pastora da Igreja Metodista em Dom Bosco, que na mesma ocasião foi emancipada.
Hoje estou vivendo um novo momento em minha vida. Fui consagrada pastora metodista no Concílio Regional de 2002 e nomeada para Guarapari. Deixei a cidade que nasci e cresci, onde está localizada minha “igreja de origem” e também a Igreja Metodista em Dom Bosco onde fui pastora por cinco anos. Continuei a minha caminhada ministerial na busca de dar continuidade à formação de minha “vocação tardia”, tornei-me bacharel em teologia, em 2005, na UMESP (Universidade Metodista de São Paulo).
Sou grata a Deus pela família que tenho, que tem sido apoio e sustento: meu marido, Pedro Paulo Martins David, meu filho Humberto, um jovem de 21 anos e minha filha, Ana Clara, com quase 6 anos. Uma família comum, mas que teve a possibilidade de experimentar o amor de Deus nos mais diferentes momentos.
Creio no agir de Deus, em sua soberania e também na liberdade que Ele nos dá para fazermos nossas escolhas. Um dia fiz uma escolha, que gosto muito de expressar, através das palavras do Apóstolo Paulo: “Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus.” At 20:24. E é esta convicção do chamado de Deus que me impulsa a cada dia a caminhar. Que Deus nos abençõe!

Pastora Mª de Fátima de O.S. David

Um comentário:

Anônimo disse...

OI, pastora!
Vc é realmente uma escolhida de Deus, agradeço por Deus ter te colocado em meu caminho, sou muito feliz por ter lhe conhecido.
Que vc continue sua caminhada com a benção de Deus,vc é especial!
Um abraço
Siléia